Criado bioestimulantes para plantas resistirem ao clima
Esses novos produtos permitem que a “planta se desenvolva melhor”
Agrolink
- Leonardo Gottems
Foto: Pixabay
Alguns investigadores do Centro Mundial de Inovação, localizado na França, em colaboração com outros centros ao redor do mundo, desenvolveram cinco segmentos de bioestimulantes que, provenientes de recursos marinhos e dos solos. Esses bioestimulantes visam tornar as plantas mais resilientes aos efeitos extremos das alterações climáticas.
De acordo com José García-Mina, pesquisador da Universidade de Navarra, na Espanha, uma das instituições envolvidas na investigação, os bioestimulantes surgem da “necessidade de existirem produtos com um respeito muito grande pelo meio ambiente e com capacidade de revitalizar os solos e as plantas”.
A nova família de bioestimulantes, intitulada gama ADN e criada pela Timac Agro, resulta da articulação entre o Centro Mundial de Inovação com outras instituições académicas, como a Universidade de Navarra, o INRA Caen e a Universidade de Nottingham (Inglaterra). “É fruto de um trabalho bastante sério realizado durante anos e que está descrito em diversas publicações científicas”, afirmou José García-Mina, também presidente da Sociedade Internacional de Substâncias Húmicas.
Recorrendo a recursos e moléculas naturais, provenientes na sua maioria de origem marinha, mas também de húmus, os investigadores desenvolveram uma “nova família de bioestimulantes para estimular naturalmente as plantas e reforçar a expressão do potencial genético, regulando e otimizando a expressão de alguns genes”.
“Há um aproveitamento dos recursos naturais e estas moléculas também têm como função preservar a envolvência sob a qual os cultivos se desenvolvem”, afirmou o investigador, acrescentando que estes novos produtos permitem que a “planta se desenvolva melhor” em condições extremas.