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Criador de suíno de Santa Catarina pressiona por exportações


Os criadores de suínos de Santa Catarina esperam retomar as vendas para o mercado externo, no máximo, no mês de maio.

A suspensão das exportações para a Rússia, principal comprador do Estado, ocorreu em dezembro do ano passado devido ao aparecimento do Mal de Aujeszky em algumas matrizes de porcos.

“Fizemos o dever de casa. Os russos já nos deram o sinal verde e, agora, só falta o governo brasileiro liberar”, disse o presidente da Federação da Agricultura do Estado de Santa Catarina (Faesc), José Zeferino Pedrozo, que participou ontem, em Florianópolis, do lançamento da edição 2003 do programa troca-troca de milho.

Há 15 dias, novos casos suspeitos da doença que afeta o sistema nervoso do animal foram encontrados em exames sorológicos realizados pela Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri). Imediatamente, o Ministério da Agricultura suspendeu a emissão do certificado de exportação para Santa Catarina.

Ele informou que a Faesc deverá gastar R$ 7 milhões este ano, além dos R$ 11 milhões já investidos no combate à doença. Os recursos são provenientes de um fundo especial mantido pelos produtores e agroindústrias.

Pedrozo estima que o Estado perde entre R$ 40 milhões e 50 milhões por mês devido às barreiras sanitárias. “A produção aumentou quase 10% em 2002 e estamos tendo que mandar carcaças de suínos para serem armazenadas em São Paulo”, afirmou. Mesmo assim, o dirigente sustenta que o volume de abate das agroindústrias não deve cair este ano. “O que houve foi um mal-entendido já solucionado”, reforçou o diretor de Desenvolvimento Rural da Secretaria da Agricultura, Ari Geraldo Neuman.

O governador do Estado, Luiz Henrique da Silveira, disse que o programa troca-troca de milho pretende estimular a criação de novas fronteiras agrícolas, como a implantação de sistemas de produção de aves integrados desenvolvidos na Região Oeste. Ele afirmou que com este trabalho poderão ser tomadas medidas preventivas com relação ao clima.

O convênio beneficiará 80 mil produtores catarinenses. As cooperativas vão distribuir 300 mil sacas de sementes de milho e 200 mil toneladas de calcário. Para cada saca de semente, o produtor rural deverá devolver quatro sacas de milho e, para cada tonelada de calcário, 1,5 saca de milho.

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