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Crise do arroz reduz PIB no extremo Sul de SC

A queda nos preços do arroz fez com que o PIB caísse ou parasse de crescer entre 2003 e 2004 em seis municípios da região


A queda nos preços do arroz fez com que o Produto Interno Bruto (PIB) caísse ou simplesmente parasse de crescer entre 2003 e 2004 em seis municípios da região extremo Sul de Santa Catarina, todos eles com a economia baseada na agricultura. Os números constam da pesquisa divulgada nessa quarta-feira (13-12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre o PIB dos municípios brasileiros. O Produto Interno Bruto corresponde a soma de tudo que é produzido durante o ano.

Entre os municípios do Sul do Estado, o valor da produção foi menor em Ermo, Meleiro, Morro Grande e São João do Sul. Em Turvo e Timbé do Sul o PIB ficou praticamente estável entre 2003 e 2004.

"Isso certamente é reflexo da agricultura neste ano", diz Moacir Rovaris, coordenador de movimento econômico da Associação dos Municípios do Extremo Sul do Estado (Amesc). "E quando saírem os números de 2005 e 2006 vamos ver uma queda maior ainda. Em 2004 os preços do arroz ainda estavam razoáveis."

Segundo Rovaris, um dos primeiros efeitos na retração econômica da Amesc vai ser a redução no retorno de ICMS para a região. "Acredito que os quinze municípios da Amesc vão receber aproximadamente R$ 1,6 milhão a menos no ano que vem", afirma.

Criciúma perde posições, Içara e Forquilhinha crescem

Os dados do IBGE mostram que o PIB de Santa Catarina cresceu 13% entre 2003 e 2004, passando de R$ 62,2 bilhões para R$ 70,2 bi- lhões em preços correntes. No Sul de Santa Catarina - nas regiões da Amrec e da Amesc - Criciúma segue sendo o principal município. Mas uma mudança começa a aparecer quanse se olha a posição dos municípios da região no ranking catarinense.

Segundo os dados do IBGE, nos últimos quatro anos Criciúma vem perdendo posições entre as principais cidades do Estado - de sexto maior PIB entre os municípios catarinenses em 2001, passou a ser o oitavo em 2003 e 2004. Já Içara vem galgando posições: saiu da 33ª posição em 2001 para 27º em 2004. Forquilhinha também vem crescendo e já é o 37º PIB do Estado. Nova Veneza também passou a figurar entre as 50 maiores cidades catarinenses em 2003.

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