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Crise na agricultura provoca desemprego no Paraná

Os efeitos da crise nos últimos três anos se multiplicaram em municípios como Maringá


Os efeitos da crise agrícola nos últimos três anos se multiplicaram em municípios como Maringá, no Norte do Paraná. Um estudo realizado pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) mostra o baixo preço da soja nos últimos anos e a redução da atividade agrícola tiveram reflexo em outros setores, como construção civil, comércio e serviços.

O estudo mostra que nas safras 2004/05 e 2005/06 deixaram de circular R$ 113,5 milhões na economia da região de Maringá. O economista Juliano Ricardo Alves Rodrigues, da UEM, diz que deixaram de ser criados 19,5 mil empregos no período. O levantamento demonstra ainda que o volume de postos de trabalho gerados no primeiro semestre de 2006 foi o menor desde 2001. O setor de comércio criou 139 vagas, contra 922 no mesmo período de 2005. Na mesma base de comparação, o número caiu de 1.151 para 741 na indústria de transformação e de 1.501 para 951 no setor de serviços, de acordo com o professor Joilson Dias, que coordenou a pesquisa.

As vendas do comércio também sentem os efeitos do campo. O movimento de consultas ao Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) caiu 17% em relação ao Natal de 2005. O número de inadimplentes cresceu em 2006: 29,94% contra o aumento de 20% no de exclusões.

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