O presidente da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), Erney Camargo, afirmou ontem (10-06) que estuda o credenciamento de organismos, instituições ou indivíduos para participarem das reuniões mensais da comissão como forma de pulverizar as decisões relacionadas à biotecnologia. Hoje, 36 membros compõem a comissão, divididos em partes iguais entre suplentes e titulares.
A proposta de 'abertura' na CTNBio está sendo analisada de forma cautelosa, acrescentou, pois teme-se que reuniões amplas e ilimitadas levem a CTNBio a discussões de caráter político, o que não é o foco da comissão. 'Nossas decisões são técnicas. Mas, ao mesmo tempo, não gostaríamos de fechar as discussões', comentou ontem o presidente da comissão, em audiência pública organizada pela Comissão de Defesa do Consumidor, Meio Ambiente e Minorias da Câmara dos Deputados.
O novo presidente, indicado em abril, insiste que não interessa à comissão fechar a portal. Ele aproveitou a audiência pública para pedir mais verbas para a comissão. 'Aproveito a oportunidade para dizer que será melhor para nós todos se a comissão estiver melhor aparelhada tecnicamente. Com mais recursos, poderemos aumentar nossa capacidade de análise sobre a biossegurança. Aos deputados, ele observou que a relação da CTNBio com as empresas é nula. 'Desde que assumi, deixei claro que não recebo nenhum empresário para evitar comentários de que estou sendo influenciado nas decisões', justificou o presidente da CTNBio.