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Cuiabá e Rondonópolis estão entre as 100 mais fortes que a crise, segundo a Urban Systems

Agronegócio é o setor a segurar a economia do Estado


Agronegócio é o setor a segurar a economia do Estado

A vocação política é um dos principais pontos para Cuiabá (26ª) e Rondonópolis (76ª) serem uma das 100 cidades mais fortes que a crise econômica no Brasil e com isso se tornando umas das melhores para se investir em negócios. Mesmo com a recessão econômica inúmeros empreendimentos, principalmente no setor alimentício surgiram na capital mato-grossense nos últimos dois anos.

Mato Grosso em 2016, até agosto, amarga uma queda de 8,1% no volume de vendas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No mercado formal 21.033 postos de trabalho com carteira assinada foram perdidas no acumulado de 12 meses no Estado, segundo o Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), ligado ao Ministério do Trabalho, tendo a construção civil (-8.910), o comércio (-5.520) e a indústria da transformação (-5.120) como os setores que mais demitiram no período.

Apesar deste resultado, Mato Grosso tem em Cuiabá e Rondonópolis as duas cidades mais fortes que a crise econômica, como revela estudo da consultoria Urban Systems, divulgado pela Revista Exame na edição 1.124, ano 50, nº 20, de 26 de outubro de 2016.

O estudo revela que Cuiabá ocupa neste ano a 26ª posição entre as 100 melhores cidades para investir em negócios com 9,26 pontos de um total de 30 pontos possíveis. Ao se comparar com a pesquisa realizada o ano passado, publicada na edição 1.100 da Revista Exame do dia 28 de outubro, verifica-se que a capital mato-grossense subiu posição ante a 36ª colocação na época, porém perdeu em termos de pontos, uma vez que havia registrado 10,90 pontos.

Já Rondonópolis caiu da 65ª colocação para a 76ª de um ano para o outro, bem como a sua pontuação de 9,94 pontos para 8,02 pontos. Sinop em 2015, conforme a pesquisa, ocupava a 46ª posição com 10,36 pontos e em 2016 não aparece no ranking.

“A região Sul de Mato Grosso tem uma maior vocação política em relação ao Norte voltado mais para o agronegócio. Hoje, nossos três senadores são praticamente de Rondonópolis. Onde o poder político se concentra, querendo ou não, acaba recebendo mais investimentos”, comenta ao Agro Olhar o economista Edisantos Amorim.

O especialista salienta que em Cuiabá a concentração da economia nunca foi o agronegócio também, mesmo sendo o setor a segurar a economia do Estado. “Mas, não podemos esquecer que o agronegócio também depende da política. É preciso que novas alternativas de fontes econômicas sejam criadas em Mato Grosso e a indústria é uma delas. 

O fato de Mato Grosso seguir em “destaque” em termos de crescimento perante as demais unidades federativas, principalmente as que mais são atingidas pela forte recessão econômica, onde há mais de seis meses já se tem notícias de salários no Poder Público sendo escalonados, têm quatro fatores macroeconômicos influentes, segundo Edisantos Amorim: agronegócio ainda sustentável, oferta de energia elétrica, oferta de água e possibilidade de incentivos fiscais. “São esses fatores da macroeconomia que atraem os investidores. Manter esses indicadores ‘positivos’ não é fácil, haja visto estarmos em crise”.

O ranking, de acordo com a Urban Systems e divulgado pela Revista Exame, é encabeçado pela cidade de Barueri (SP) com 12,61 pontos de possíveis 30. A elaboração do ranking das melhores cidades para fazer negócios leva em conta 28 indicadores, tendo como pelotão de frente: PIB Per Capita, renda média dos trabalhadores formais, trabalhadores com curso superior, conexão de banda larga acima de 34 MBPS e docentes do ensino fundamental com curso superior.

 

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