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Cultivares da Embrapa melhoram a qualidade do arroz em MT

A qualidade do grão produzido no Estado tem superado as expectativas


O projeto Desenvolvimento de tecnologias para a cadeia produtiva do arroz de terras altas em Mato Grosso, coordenado pela Embrapa Arroz e Feijão (Santo Antônio de Goiás – GO), confirmou aquilo que as indústrias locais já haviam constatado: a qualidade do grão produzido no Estado tem superado as expectativas, principalmente devido à adoção, pelos produtores, de cultivares lançadas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

O investimento na qualidade da produção, inclusive em novas variedades e manejo da cultura, é apontado com um dos principais fatores da melhoria do grão produzido. Na última safra, o Mato Grosso produziu cerca de 600 mil toneladas do produto, considerado matéria-prima de alta qualidade, em especial devido ao percentual de grãos inteiros após o beneficiamento.

Como o Estado absorve apenas 300 mil toneladas, o desafio agora é abrir novos mercados para o excedente. Entre as cultivares mais utilizadas na região, quatro foram desenvolvidas pela Embrapa Arroz e Feijão e são comercializadas pela Embrapa Transferência de Tecnologia.

A BRS Bonança é uma cultivar de ciclo precoce (115 dias), comprimento do grão longo e moderadamente resistente ao acamamento, à brusone na panícula, à brusone na folha e à mancha dos grãos. O cultivo da BRS Bonança é indicado para os estados da Bahia, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Piauí e Tocantins, em sistema de terras altas em condições favorecidas, podendo ser também plantada no sistema tradicional em solos de média a alta fertilidade em regiões onde não ocorra deficiência hídrica grave.

A BRS Sertaneja também é uma variedade precoce (110 dias), de grãos longo finos, caracterizada por plantas vigorosas, com porte médio, folhas largas e mediana resistência ao acamamento. A cultivar apresenta moderada resistência às doenças comuns (mancha-parda, escaldadura das folhas e mancha-dos-grãos), moderada suscetibilidade à brusone e se adapta a diversas condições de cultivo.

Além disso, A BRS Sertaneja possui uma ampla capacidade de adaptação, com bom comportamento nos Estados de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Rondônia, Pará, Roraima, Maranhão, Piauí , Tocantins e Distrito Federal.

Outra opção para os produtores de terras altas é a BRS Pepita, que apresenta moderada resistência ao acamamento, à mancha parda e à mancha-dos-grãos e é moderadamente resistente à brusone. A cultivar possui ciclo precoce (102 dias), grãos da classe longo-fino e excelente qualidade culinária. Seu cultivo é indicado para os estados de Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Piauí, Rondônia, Roraima e Tocantins.

Já a BRS Monarca é indicada para plantio nas regiões centro-norte do Mato Grosso, Rondônia , Pará, Goiás, Tocantins, Minas Gerais, Roraima, Piauí e Maranhão. A excelência na qualidade dos grãos é o grande diferencial dessa cultivar, que apresenta folhas longas e largas, permitindo uma boa competitividade com plantas invasoras em função da rápida capacidade de cobertura do solo. A BRS Monarca possui moderada resistência à mancha-parda, à escaldadura foliar, à mancha-dos-grãos e é menos suscetível à brusone do que cultivares tradicionais, como a BRS Primavera.

As informações são da assessoria de imprensa da Embrapa Transferência de Tecnologia.

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