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Cultivo de árvores nativas em debate

O evento abriu a programação técnica da 3º Feira da Floresta


A apresentação do cultivo de árvores nativas para produção de madeira como alternativa econômica no campo foi um dos destaques do 1º Seminário de Fornecedores e Viveiristas Florestais, realizado na manhã de quarta-feira (04), em Gramado. O evento abriu a programação técnica da 3º Feira da Floresta, que vai até o dia 06, na ExpoGramado.


Ao apresentar o painel Viveiros para Produção de Sementes e Mudas Nativas, o coordenador do curso de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), professor Edison Cantarelli, destacou a necessidade de o setor desenvolver conhecimento sobre variedades nativas como pinheiro e louro, que oferecem a possibilidade de produção de madeiras de alto valor agregado para indústria moveleira e construção civil. "É rentável para toda a cadeia", afirmou.

Hoje, universidades, empresas e órgãos de extensão têm domínio técnico do ciclo de produção de árvores exóticas como eucalipto e pinus, resultado de anos de pesquisas incentivadas pela presença de grandes companhias no setor. No entanto, segundo o professor, ainda é preciso identificar as melhores práticas e até o tempo de produção envolvido no cultivo da florestas com plantas nativas.

Uma das ações nesse sentido vem sendo desenvolvida pelo campus de Frederico Westphalen da UFSM. A unidade tem um projeto de desenvolvimento de técnicas de cultivo de três árvores nativas (louro, pinheiro e erva-mate). "As nativas precisam de mudas de qualidade, sendo trabalhadas da mesma maneira que as espécies exóticas", disse Cantarelli.

Outro ponto debatido no Seminário foi a legislação ligada ao registro de viveiros de mudas florestais. O fiscal federal agropecuário Francisco da Gama apresentou palestra sobre as regras que devem ser seguidas por produtores, como o cadastro dos profissionais no Registro Nacional de Sementes e Mudas.


Gama ainda ressaltou que os produtores devem se manter atentos à publicação de uma nova Instrução Normativa do Ministério da Agricultura, esperada para até o final do ano. O texto vai trazer regras específicas para a prestação anual de informações das atividades dos viveiros ao Ministério. "Os dados são importantes para que se saiba quem está produzindo e o que está sendo produzido . E, assim, ajudar a criar planos de fomento ao setor", explicou Gama.

O diretor-técnico da Tecnoplanta, Osmar da Rosa, falou sobre as perspectivas do mercado de mudas no Estado. Executivo de uma empresa que produz 18 milhões de mudas por ano, defendeu uma maior agilidade na concessão de licenças ambientais para projetos florestais, o que poderia atrair investidores para o Rio Grande do Sul.

A medida busca reverter a estagnação do segmento, que vem expandido suas vendas para outros Estado a fim de contornar a retração provocada pelo congelamento dos projetos de Fibria e de Stora Enso no RS.

As informações são da Estilo de Comunicação

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