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Curso quer evitar desperdícios

Sua exploração econômica exige alto investimento na área trabalhada, tanto em termos físicos como econômicos


A olericultura é o ramo da horticultura que abrange a exploração de um grande número de espécies de plantas, mais especificamente as hortaliças englobando as folhosas, raízes, bulbos, tubérculos e frutos diversos. Sua característica principal é ser uma atividade agroeconômica altamente intensiva em seus mais variados aspectos, em contraste com outras atividades agrícolas extensivas. Sua exploração econômica exige alto investimento na área trabalhada, tanto em termos físicos como econômicos. Daí a necessidade de investimento em qualificação.


Na semana passada teve início o primeiro curso de olericultura para técnicos da Empresa Mato-grossense de Pesquisa Assistência e Extensão Rural (Empaer) e parceiros da Baixada Cuiabana. O curso terá duração de três anos e vai atender também a região do Teles Pires. Quem ministrou foi o pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Flávio Fernandes Júnior, que abordou técnicas sobre manejo, fertilidade do solo, pragas, doenças, custo de produção e comercialização, entre outros temas. Essa primeira etapa do curso aconteceu um hotel fazenda, localizado no km 70, no distrito de Cangas. Esse primeiro curso contou com a participação de 22 técnicos da Empaer e oito de prefeituras dos municípios que compõem o Território da Cidadania.

O objetivo é implementar a produção de frutas, legumes e verduras (FLVs) e garantir o funcionamento da Central de Comercialização da Agricultura Familiar, instalada em Várzea Grande. O pesquisador destaca que outra finalidade é disponibilizar tecnologia e adaptar as já existentes para os produtores rurais. Isso porque um dos maiores problemas da cadeia produtiva das hortaliças está nas perdas pós-colheita e nos desperdícios dos alimentos, que começam na colheita do produto indo até os consumidores intermediários e finais. Estudos revelam que no Brasil os níveis médios de perdas são de 35 a 40%, enquanto em outros países, como nos Estados Unidos, não passam de 10%.

O coordenador Regional da Empaer, Vico Capistrano de Alencar, ressalta que desde o ano de 2009 técnicos e produtores estão se organizando para garantir a produção de hortifruti no Estado. O diagnóstico permitiu planejamento na produção e já foram escolhidas 29 variedades de frutas e 29 de legumes e verduras que serão produzidos em 792 propriedades, numa área de 3.125 hectares. Produtores de hortifrutigranjeiros da Baixada

Cuiabana e técnicos da Empaer elaboraram o Plano Municipal de Desenvolvimento para organização da produção e comercialização de frutas, legumes e verduras. O trabalho foi executado nos 14 municípios que compõem o Território da Cidadania - Cuiabá, Chapada dos Guimarães, Barão de Melgaço, Santo Antônio do Leverger, Jangada, Nossa Senhora do Livramento, Nobres, Poconé, Nova Brasilândia, Várzea Grande, Acorizal, Planalto da Serra, Nobres e Campo Verde.

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