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Custo de produção da cana será maior

Instituto espera um aumento de 9,5% para esta safra


Foto: Marcel Oliveira

Os custos de produção para a safra 2021/22 de cana-de-açúcar estarão até 9,5% maiores. É o que projeta o Instituto de Pesquisa e Educação Continuada em Economia e Gestão (Pecege). 

Os motivos apontados são vários. A próxima safra deve ter queda na moagem e na produção de açúcares totais recuperáveis (ATR) ou seja, na qualidade da cana-de-açúcar. Isso interfere no custo de operação das usinas. O momento de entressafra vivido atualmente está trazendo gastos mais altos no comparativo anual, especialmente em relação ao transporte, e a perspectiva é de aumento em diversos dispêndios, como na aquisição de matéria-prima, por exemplo.

O choque que virá da produtividade e da alavancagem operacional, que não vão contribuir para diluição dos custos fixos como observado nas safras passadas. O instituto estima que o preço da ATR deve subir 13% e isso se reflete em custos de arrendamento e aquisição da matéria-prima de fornecedores, com um processo contínuo de elevação dos custos industriais.

A análise também traz expectativas de maiores preços para os produtos em 2021/22 que podem ser superiores ao aumento esperado nos custos. O fator pode ser impactado pela baixa produtividade que não será suficiente para diluir os custos fixos. O setor pode ter boas margens se, na avaliação do Pecege, trabalhar com gestão dos custos para que não fiquem acima dos 9,5% esperados.

As consultorias Datagro e Sucden projetam uma safra menor de cana-de-açúcar e de açúcar no Brasil na temporada 2021/22 em até 3,5% de queda. Entre os principais fatores estão os problemas climáticos.
 

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