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Custos de produção preocupam suínos e aves

Os altos custos de produção também afetam o planejamento de muitas empresas


Foto: Pixabay

A alta dos grãos componentes da ração, como milho e soja, preocupam dois setores que dependem diretamente: aves e suínos. 

A Embrapa Suínos e Aves calcula uma elevação de 43,2% no custo de produção de frangos nos últimos 12 meses. Só os custos com nutrição subiram 38,9% no período. O cenário preocupa o setor e influencia o planejamento de muitas empresas. As exportações seguem em queda. 

Os custos de produção também são a principal preocupação dos produtores de suíno, que já viram a demanda do mercado interno cair pela crise econômica. De acordo com o Índice de Custos de Produção de Suínos (ICPSuíno) teve variação positiva de 46% nos últimos 12 meses, impulsionado pela elevação dos custos com nutrição (41,3%).

Em Santa Catarina, Estado que ocupa o primeiro lugar em suínos e o segundo em frango no país, os impactos são sentidos. Em janeiro exportou 27,8% menos carne de frango do que em dezembro e 22,4% a menos que em janeiro de 2020. Foram 60,42 mil toneladas de carne de frango (in natura e industrializada).

Em suínos os catarinenses exportaram 30,24 mil toneladas (in natura, industrializada e miúdos) em janeiro, queda de 31,3% em relação ao mês anterior e de 21,5% na comparação com janeiro de 2020. 

Os altos custos de produção também estão influenciando o planejamento de muitas empresas. É o caso da Aurora, cujo presidente recentemente afirmou em entrevista que a cooperativa discute a possibilidade de reduzir sua produção de frangos em 2021, já que a atividade vem apresentando margens negativas.

Os dados constam no Boletim Agropecuário de fevereiro, elaborado pela Epagri, que também destacam a alta anual do milho em Santa Catarina de 41,87%. Em janeiro o grão recuprou o nível de preço alcançado em novembro, com R$ 76,82/sc de 60kg. Na soja a valorização foi de 44,5%, batendo recordes nominais.Desde 2019 até início de 2020, os preços se mantiveram entre R$80,00/sc e R$100,00/sc. No segundo semestre de 2020, as cotações se consolidaram acima dos R$100,00, alcançando, no estado, R$160,52 em novembro.

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