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Datagro projeta aumento na produção de açúcar do CS em 17/18; queda no etanol

Brasil deve processar no próximo ano uma safra de cana entre 580 milhões e 610 milhões de toneladas


Brasil deve processar no próximo ano uma safra de cana entre 580 milhões e 610 milhões de toneladas

A safra de cana-de-açúcar 2017/18 do centro-sul do Brasil não deve mudar muito do que é esperado para a atual temporada, apesar dos altos preços do açúcar, o que levará usinas a ampliarem a capacidade de produção do adoçante, diminuindo a fabricação de etanol, disse a consultoria Datagro nesta segunda-feira.

A safra da principal região produtora de cana do país do próximo ano aponta para uma estabilidade com o envelhecimento dos canavais e tempo irregular reduzindo o potencial de produção, acrescentou a Datagro.

O Brasil deve processar no próximo ano uma safra de cana entre 580 milhões e 610 milhões de toneladas, ante 597 milhões de toneladas esperadas na safra atual, previu a Datagro durante uma conferência internacional de açúcar e etanol em São Paulo.

Mas a produção de açúcar vai crescer. Ela está estimada entre 36,1 milhões e 36,4 milhões de toneladas para a safra 2017/18, ante estimativa de 34,1 milhões de toneladas nesta temporada, uma vez que usinas estão expandindo a capacidade de produção do adoçante em até 2 milhões de toneladas, disse Plinio Nastari, presidente da Datagro.

"A renovação dos canaviais continua abaixo do desejado. Vimos isso de novo na safra atual", afirmou Nastari.

A Datagro espera que usinas aumentem de novo a quantidade de cana que destinam para o açúcar, como foi visto neste ano. A consultoria estima que usinas vão destinar de 47,1 a 49,1 por cento de cana para o açúcar no próximo ano, ante 46,3 por cento na safra atual até a segunda metade de setembro.

A produção de etanol em 2017/18 foi projetada entre 23,07 bilhões de litros e 25,26 bilhões de litros, ante 26 bilhões de litros neste ano.

Nastari prevê um longo período de entressafra no centro-sul do Brasil neste ano, à medida que o condições climáticas normais levaram usinas a moerem cana em bom ritmo.

Isso iria abrir caminho, segundo ele, para uma quantia significativa de importações de etanol. Ele estima que a importação alcançará 1 bilhão de litros no próximo ano, um dos maiores volumes desde um recorde de 1,4 bilhão de litros em 2011.

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