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Debate traz desafios do mapeamento agrícola em um país com a dimensão e a diversidade do Brasil

Mapear os diversos aspectos da agricultura brasileira foi um dos desafios apontados no debate


Foto: Pixabay

Mapear os diversos aspectos da agricultura brasileira em um país com dimensões continentais e vasta diversidade regional foi um dos desafios apontados no debate sobre sensoriamento remoto no Brasil, promovido pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nesta semana. O caminho indicado pelos especialistas foi a integração dos dados produzidos pelas instituições públicas que trabalham com imagens de satélites no mapeamento agrícola.

Na abertura do webinar Uso de Satélite no Mapeamento Agrícola, o diretor-presidente da Conab, Guilherme Bastos, destacou as parcerias da estatal para avançar no sensoriamento remoto e a importância desse trabalho para a segurança alimentar. De acordo com Bastos, este é o momento de unir forças para apresentar informações de qualidade à sociedade brasileira. 

"O Brasil possui dimensões e problemas continentais. Parcerias são importantes para conduzir o trabalho da melhor forma possível. Realizar o mapeamento de uma cultura como a soja, que é plantada do Acre até Alagoas e do Rio Grande do Sul a Roraima, é a dimensão do nosso desafio, principalmente em um momento em que todos os olhares estão voltados para a segurança alimentar e nutricional da população brasileira e mundial", afirmou.

Em sua apresentação, a pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Ieda Sanches, citou, entre os desafios do sensoriamento remoto, a grande extensão territorial e a diversidade regional do país.

"O Brasil é enorme. A gente planta de norte a sul, de leste a oeste. Isso é um grande desafio, ainda mais porque a gente tem uma grande diversidade regional. Considerando as cinco regiões, há diferenças nos aspectos físicos - clima, solo, relevo, cobertura vegetal e disponibilidade hídrica -, fora os aspectos econômicos, como fontes de financiamento, nível de investimento em insumos e tecnologia. Tudo isso muda a forma como a agricultura é feita em cada região e impacta na hora de mapear por sensoriamento remoto", argumentou.

O debate teve a mediação do consultor legislativo do Senado Federal, Marcus Peixoto e está disponível no canal da Conab no YouTube. O pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Júlio César Esquerdo, descreveu as iniciativas desenvolvidas pelo grupo de mapeamento agrícola da unidade de Campinas (SP) e as parcerias com outras instituições públicas.

O diretor de Geociências do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Claudio Stenner, falou sobre o processo de produção de dados para estatísticas agropecuárias e as tecnologias disponíveis para o desenvolvimento deste trabalho. José Lucas Safanelli, pesquisador do Grupo de Políticas Públicas da Esalq/USP, falou sobre geotecnologias e ciência de dados no mapeamento agrícola.

O professor  da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Eliseu José Weber, fez um relato do trabalho de monitoramento e previsão de safras desenvolvido pela instituição, incluindo a parceria com a Conab, lançada há 20 anos. Cleverton Santana, superintendente de Informações do Agronegócio da Conab, mostrou o que é feito pela Companhia no mapeamento agrícola no país e as perspectivas do setor.

Serviço:
Apresentações dos palestrantes

Geotecnologia em prol da segurança alimentar - Cleverton Santana (Conab)

Iniciativas da Embrapa Informática Agropecuária no mapeamento agrícola - Júlio Esquerdo (Embrapa)

Sensoriamento Remoto Agrícola: Desafios e Perspectivas - Ieda Sanches (Inpe)

Uso de Sensoriamento Remoto para Estatísticas Agropecuárias - Claudio Stenner (IBGE)

Geotecnologias e ciência de dados no mapeamento agrícola - José Lucas Safanelli (Esalq/USP)

Cooperação Conab - UFRGS em monitoramento e previsão de safras - Eliseu Weber (UFRGS)

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