Decreto reduz correção do mosto
O período de transição para as novas regras será de cinco anos
Deve ser publicado neste mês o decreto que irá melhorar a qualidade do vinho brasileiro ao determinar a redução de açúcar exógeno na correção do mosto, a chamada chaptalização. Segundo o coordenador-geral de Vinhos e Bebidas do Ministério da Agricultura, Helder Borges, após oito anos de debate, o texto que substituirá o decreto 99.066 depende só da assinatura da presidente Dilma Rousseff. Chanceladas pelas indústrias, as nova regras elevarão gradativamente o grau alcoólico da bebida. Ele diz que será no vinho comum que o consumidor sentirá a maior diferença. O setor vitivinícola apoia a reformulação, que exigirá a produção de uvas mais maduras. O diretor-executivo do Ibravin, Carlos Raimundo Paviani, lembra que a atualização da lei é uma das estratégias definidas dentro de um programa de desenvolvimento de longo prazo.
O período de transição para as novas regras será de cinco anos. Hoje, todo vinho pode ser corrigido em até três graus alcoólicos. Após o decreto, vinhos finos poderão ser chaptalizados em dois graus nos primeiros quatro anos e em um grau a partir do quinto ano. Já os vinhos de mesa poderão ser corrigidos em três graus até o quarto ano da nova lei e em dois graus após o quinto ano.
A modificação mexerá com a vida de 20 mil famílias de viticultores no Estado, que terão de aperfeiçoar o manejo. Na safra passada, a qualidade da uva comum permitiu que a média não ultrapassasse 13 graus glucométricos no campo, percentual considerado baixo. Isso quer dizer que as indústrias foram obrigadas a fazer a correção máxima permitida por lei. O coordenador da Comissão Interestadual da Uva, Olir Schiavenin, considera que este é um caminho sem volta, mas espera que a indústria recompense a maior qualidade. "Ou se faz um esforço ou vamos ter sérios problemas de competir no futuro. Agora, o produtor também precisa ser remunerado por este salto qualitativo."
O período de transição para as novas regras será de cinco anos. Hoje, todo vinho pode ser corrigido em até três graus alcoólicos. Após o decreto, vinhos finos poderão ser chaptalizados em dois graus nos primeiros quatro anos e em um grau a partir do quinto ano. Já os vinhos de mesa poderão ser corrigidos em três graus até o quarto ano da nova lei e em dois graus após o quinto ano.
A modificação mexerá com a vida de 20 mil famílias de viticultores no Estado, que terão de aperfeiçoar o manejo. Na safra passada, a qualidade da uva comum permitiu que a média não ultrapassasse 13 graus glucométricos no campo, percentual considerado baixo. Isso quer dizer que as indústrias foram obrigadas a fazer a correção máxima permitida por lei. O coordenador da Comissão Interestadual da Uva, Olir Schiavenin, considera que este é um caminho sem volta, mas espera que a indústria recompense a maior qualidade. "Ou se faz um esforço ou vamos ter sérios problemas de competir no futuro. Agora, o produtor também precisa ser remunerado por este salto qualitativo."