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Déficit de milho cai 620 mil/toneladas em SC


A produção catarinense de milho tem crescido nos últimos quatro anos e, apesar de o consumo ter seguido uma trajetória crescente, o déficit estadual de milho, caiu de 1,42 milhão de toneladas em 1999, para 800 mil toneladas em 2001.

Embora em 2002, devido a quebra da produção decorrente da estiagem, a deficiência de suprimento tenha crescido para 1,6 milhão de toneladas, a expectativa é de que em 2003, volte a situar-se próximo de 800 mil toneladas.

A produção que na safra 98/99 havia sido de 2,69 milhões de toneladas, evoluiu para 3,4 milhões na safra 99/00, para 3,95 milhões na safra 00/01 e tem previsão de situar-se numa faixa superior a 4,0 milhões de toneladas na safra 02/03. Na safra 01/02, em função das estiagens, a produção foi reduzida de uma estimativa inicial de 3,8 milhões para apenas 3,1 milhões de toneladas.

Nesses quatro anos. o governo aplicou R$ 30 milhões do Tesouro nos programas troca-troca de semente de milho e de calcário e na avaliação do governo o ganho com a redução de importações do milho de outros estados, chegou a R$ 65,2 milhões.

O incremento da produção estadual de milho trouxe a redução do déficit do grão em Santa Catarina. O aumento acumulado da produção, caso a mesma tivesse estagnado no patamar da safra 98/99 (2,69 milhões de toneladas) alcançou em quatro anos, aproximadamente 3,69 milhões de toneladas. Tal acréscimo de produção, gerou uma economia de divisas da ordem de R$ 775 milhões, que com base de 8,4% deixado de creditar aos estados de onde originou o milho, representa receita direta de ICMS para o estado.

Santa Catarina destaca-se no cenário nacional como o primeiro produtor de suínos e o segundo de aves, atividades que, além de importância econômica, revestem-se de forte componente social. As atividades pecuárias têm como insumos básicos o farelo de soja e principalmente o milho, cuja produção estadual tem se mostrado tradicionalmente insuficiente para suprir a demanda, com o déficit atingindo 1,42 milhão de toneladas em 1999. `Buscando sanar tal deficiência, a Secretaria da Agricultura elegeu como uma de suas prioridades a busca da auto-suficiência do cereal`, diz o secretário da Agricultura, Otto Luiz Kiehn.

Para tanto, implementou o Programa Estadual de Auto-Suficiência de Milho, que apresentou como diretrizes renovar e modernizar o sistema troca-troca de sementes; viabilizar incentivos para a utilização de calcário; negociar incentivos para os preços do milho com os grandes consumidores do cereal; financiar máquinas e implementos agrícolas e fortalecer a pesquisa e a assistência técnica para o cultivo do milho. `No que tange às duas primeiras linhas do programa, contando com a parceria de diversas entidades representativas do setor agrícola, foi distribuído em quatro anos 920 mil sacas de sementes de milho e 580 mil toneladas de calcário`, diz Kiehn.

`Embora com uma participação financeira, até certo ponto modesta no contexto da cadeia produtiva, a Secretaria da Agricultura desempenhou papel importante como animadora do processo`, diz o secretário.

Juliana Wilke - Florianópolis/SC

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