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Demanda garante novo player no setor da cana

A afirmação de ingresso do Grupo Odebrecht no ramo não surpreende o mercado


A afirmação de que o ingresso do Grupo Odebrecht no ramo de açúcar e álcool o colocará em seis ou sete anos no mesmo nível da Cosan S.A. não surpreende o mercado. Para alguns analistas, existe espaço no médio prazo para mais uma empresa com capacidade de moer 40 milhões de toneladas. Mesmo se o empreendimento encontrar como concorrentes as cerca de 70 usinas, cuja construção está em andamento e que deverão contribuir para quase dobrar a produção nacional.

"Haverá um momento em que o mercado interno deverá saturar, mas há um imenso espaço para ser explorado no exterior", disse Gil Barabach, analista da empresa de consultoria Safras & Mercado. Para ele, há questões fundamentais que têm de ser resolvidas, como a logística.

Se os planos da Odebrecht é plantar cana-de-açúcar no Centro-Oeste, é preciso pensar como pretende escoar o combustível e o açúcar até o porto. Mas isso, na opinião de Barabach, não é uma missão impossível. A Petrobras anunciou recentemente que planeja construir um alcoolduto para trazer o combustível do Centro-Oeste. "Bastaria pegar uma carona nesse canal de escoamento".

"Não é preciso ter mais de uma bola de cristal para apostar nesse mercado", afirma Marcelo Diniz Junqueira, da Clean Energy Brazil, empresa que representa investidores estrangeiros e que vem aplicando recursos na construção e aquisição de usinas. Para ele, o mercado internacional deve se tornar comprador em três ou quatro anos. A demanda existe, afirma Junqueira. Por enquanto, os compradores estrangeiros não se ajustaram a esse mercado, o que deverá ocorrer em alguns anos.

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