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Demanda interna compensa queda no volume de exportações da carne suína

A estimativa da Abipecs é de o ano feche com US$ 1,4 bilhão


O setor de carne suína vive um momento de contraste: enquanto as vendas externas brasileiras continuaram a cair em volume – em outubro a retração foi de 21,12% em relação ao mesmo período de 2009 –, a forte demanda interna tem compensado essa diferença. De janeiro a outubro no mercado interno os volumes comercializados representaram 119,8 mil toneladas a mais do que no mesmo período do ano passado. A queda de 9,75% nas exportações foi compensada pelo crescimento de 15% nas vendas internas e a elevação dos preços nesse mercado, resultado da aceleração da demanda pelo produto num nível superior ao da oferta.

A estimativa da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs) é de o ano fechar com um faturamento de US$ 1,4 bilhão, contra US$ 1,27 bilhão de 2009. Houve queda no volume exportado, de 607 mil toneladas, no ano passado, algo próximo de 562 mil toneladas, o que foi compensado pela evolução das cotações. A oferta de suínos para abate aumentou 1,8%, saltando de 33,8 milhões de cabeças de 2009 para 34,4 milhões de cabeças. A produção também cresceu: de 3,19 milhões de toneladas para 3,24 milhões de toneladas, ou seja, um aumento de 3,41%.

Segundo pesquisadores o consumidor não pode esperar grandes reduções de preços em 2011 e a expectativa é a de que o preço da arroba no ano que vem se mantenha em níveis mais elevados que os de 2010. Em São Paulo a bolsa de suínos comercializou 9.980 animais entre R$ 66,00@ a R$ 68,00@, o equivalente a R$ 3,52 e R$ 3,63 o quilo do suíno vivo, apresentando queda de R$ 0,10 no valor do quilo se comparado com a máxima da semana anterior. O volume de animais vendidos se mantém equilibrado, segundo dados da Associação Paulista dos Criadores de Suínos (APCS).

Já no Paraná, os valores de comercialização estão estabilizados há quase um mês. No inicio de novembro, os produtores paranaenses recebiam o mesmo valor de hoje, R$ 3,15 pelo quilo do suíno vivo, conforme informou a Associação Paranaense de Suinocultores (APS). Nos mesmos patamares ficaram as vendas do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, com máxima de R$ 3,03 e R$ 2,90 o quilo do suíno vivo, respectivamente. Os dados são das Associações estaduais.

Em Minas Gerais, por exemplo, o mercado de suínos vem se comportando positivamente nos últimos meses. Em dezembro, o quilo do suíno vivo está equilibrado, sendo comercializado nesta semana a R$ 3,50, segundo informações da Associação de Suinocultores de Minas Gerais (ASEMG).

“O mercado da carne suína no estado evoluiu significativamente em 2010. Nosso custo da produção está em torno de R$ 1,60 a R$1,70 o quilo, enquanto a carne está sendo comercializada a R$ 2,20. Com as compras do mercado internacional e os baixos estoques do mercado interno, ainda pode haver aumento de preço”
Custódio Rodrigues de Castro Jr., diretor-executivo da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso

“Com o mercado aquecido e a demanda equilibrada a expectativa é que os preços se mantenham nesses patamares. A permanência dos preços da carne bovina em alta tem feito o consumidor procurar por outras opções de proteína puxando, assim, os setores de aves e suínos.”
José Arnaldo Cardoso Penna, vice-presidente da ASEMG

Esse novo cenário com a grande demanda do mercado interno é muito promissor. Mas a preocupação sempre é pelo preço pago ao produtor e a margem de lucro na propriedade, e isso têm aumentado consideravelmente com esse novo cenário e demanda do mercado interno.

Valdecir Folador, presidente da ACSURS

 

Cotações

Máx

SP

R$ 3,63

PR

R$ 3,15

SC

R$ 2,90

GO

R$ 3,60

RS

R$ 3,03

MG

R$ 3,50

DF

R$ 3,50

MS

R$ 2,90

MT

R$ 2,66

CE

R$ 4,05


As informações são da assessoria de imprensa da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos – ABCS.

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