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Demissão na indústria de máquinas gera protestos

Em Matão (SP), 3,5 mil funcionários da Marchesan e da Baldan se mobilizaram contra a demissão de 300 pessoas desde dezemb


A Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Força Sindical iniciaram na quinta-feira a primeira ação para tentar reverter as 4,4 mil demissões feitas por indústrias de máquinas e equipamentos agrícolas desde dezembro. Durante parte da manhã, sindicalistas paralisaram cerca de 7,1 mil funcionários da John Deere, CNH, Marchesan, Baldan e Valtra. Também houve reuniões em outras dez empresas do Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Goiás e Minas Gerais.

Em Horizontina (RS), dois mil funcionários da John Deere fizeram passeata da RS-342 até a sede da prefeitura. Alcindo Kempfer, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do município, disse que a empresa dispôs-se a ouvir o sindicato. A CUT estima que as demissões no Estado chegam a 550 neste ano. Em Curitiba, 1,8 mil funcionários da CNH pararam o trabalho por cinco horas. A Força Sindical deve se reunir com a CNH na próxima semana para discutir a proposta da empresa de estabilidade até junho e férias coletivas de até 50 dias aos horistas. Desde dezembro, a CNH demitiu 520 pessoas.

Em Matão (SP), 3,5 mil funcionários da Marchesan e da Baldan se mobilizaram contra a demissão de 300 pessoas desde dezembro. Em Mogi das Cruzes (SP), 800 funcionários da Valtra pararam as atividades. Eleno Bezerra, vice-presidente da CUT, disse que as empresas pretendem manter os postos de trabalho. Procuradas pelo Valor, elas não se pronunciaram sobre o assunto. Na terça-feira, sindicalistas reúnem-se em São Paulo para definir novas ações. CUT e Força Sindical reivindicam manutenção dos postos de trabalho, recontratação dos demitidos e redução da jornada de trabalho. (CB)

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