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Deputados e lideranças criticam ação da Anvisa que pode prejudicar fumicultura

O deputado federal Luis Carlos Heinze (PP-RS) e outras lideranças manifestaram estranheza com relação a consulta pública


O deputado federal Luis Carlos Heinze (PP-RS) e outras lideranças que defendem os fumicultores manifestaram nesta quarta-feira (1), estranheza com relação a consulta pública (CP 112/2010) aberta pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para proibir a adição de aromatizantes em produtos derivados do tabaco. As manifestações ocorreram durante a audiência pública na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados para discutir as diretrizes adotadas pelos países participantes da 4ª Conferência da Convenção Quadro para Controle do Tabaco (COP-4) e a situação dos trabalhadores e produtores de fumo.

Acesse a Consulta Pública da Anvisa

O parlamentar gaúcho, proponente do debate que contou com a participação de representantes de alguns dos ministérios que compõem a Comissão Nacional para Implementação da Convenção-Quadro para o controle do tabaco (Conicq), se disse surpreso com o ato do órgão ligado ao Ministério da Saúde. “Nem bem terminou a COP-4 e a Anvisa já abriu um procedimento que pode acabar com a fumicultura do país. Da forma como está o texto da resolução, todos os produtores de fumo serão prejudicados, não só os do tipo Burley”, enfatizou.

Heinze adiantou que vai analisar junto com outros parlamentares de que modo o Legislativo agirá para suspender a consulta pública da Anvisa e aprofundar a discussão do tema. “Precisamos fazer uma análise séria e profunda e dos impactos que uma medida como essa terá na cadeia produtiva do fumo. Devemos levar em conta não só os aspectos da saúde, mas também a importância social e econômica da atividade”, destacou.

Durante a discussão do assunto o coordenador da comissão do fumo da Farsul, Mauro Flores, afirmou que os projetos do governo de buscar alternativas para os fumicultores não darão certo. “Sou produtor há 30 anos e até hoje não encontramos outra cultura que tenha a rentabilidade igual ou semelhante a do tabaco. Duvido que exista algo que renda R$ 15 mil por hectare”, expôs.

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