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Desafio para inovar o mercado lácteo tem inscrições abertasl

Objetivo da competição é estimular projetos capazes de aumentar a eficiência da cadeia produtiva do leite no Brasil


Objetivo da competição é estimular projetos capazes de aumentar a eficiência da cadeia produtiva do leite no Brasil

Empreendedores, estudantes, pesquisadores e outros profissionais interessados em encontrar soluções tecnológicas para o mercado lácteo estão convidados a participar do desafio de startups Ideas for Milk, que está com inscrições abertas, até 12 de outubro, por meio do site. A Embrapa Informática Agropecuária (Campinas, SP) é uma das Unidades da Empresa participantes da iniciativa, liderada pela Embrapa Gado de Leite (Juiz de Fora, MG), em parceria com dez universidades e outras instituições públicas e privadas.

O objetivo da competição é estimular projetos capazes de aumentar a eficiência da cadeia produtiva do leite no Brasil, além de oferecer às startups a oportunidade de alavancar um negócio lucrativo. Os participantes, que podem ser equipes informais ou startups já constituídas, devem submeter ideias de soluções web, mobile ou hardware que apresentem inovações em modelos de negócio, produtos, processos, serviços e tecnologias. As propostas devem ter foco nas grandes áreas temáticas do agronegócio do leite, como insumos agropecuários, captação e distribuição, indústria de laticínios, mercado e consumidores finais.

Negócio do leite

Com o desafio, os organizadores buscam impulsionar e valorizar o mercado lácteo. O setor está em crescimento e requer cada vez mais iniciativas capazes de otimizar os processos de produção e melhorar a renda dos produtores. Nos últimos cinco anos, o mercado mundial de leite cresceu 78%, tendo atualmente 1,3 milhão de produtores no País. O Brasil ocupa o 4º lugar na lista dos maiores produtores lácteos, com cerca de 35 bilhões de litros gerados por ano. Para a pesquisadora da Embrapa Gado de Leite Rosângela Zoccal, é preciso sensibilizar a sociedade sobre a importância desse mercado.

Em média, o brasileiro consome 170 litros de leite, incluindo queijos, iogurtes, sobremesas, cosméticos, medicamentos e suplementos alimentares, além do leite fluido. Apesar disso, o leite é novidade no contexto das startups. E apenas 23 das 4.180 startups brasileiras, cerca de 0,5%, estão relacionadas ao agronegócio de modo geral. De acordo com o chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Informática Agropecuária, Carlos Alberto Meira, o Ideas for Milk pode trazer avanços para esse campo, com diversas soluções tecnológicas voltadas à cadeia produtiva do leite.

O concurso

A competição terá três etapas: seleção das cinco melhores ideias inscritas em cada uma das oito cidades-sede do evento; escolha da melhor proposta de cada cidade-sede; e participação das oito ganhadoras locais na Final Nacional, que será realizada em 14 de dezembro, em Brasília. As cidades-sede são Belo Horizonte, Juiz de Fora, Lavras e Viçosa, em Minas Gerais; Campinas, Piracicaba e São Carlos, no estado de São Paulo, além de Porto Alegre (RS).

Durante todo o desafio, os participantes poderão contar com o auxílio de especialistas em agronegócio e Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC). Quatro empregados da Embrapa Informática Agropecuária estão entre os mentores de TIC; são eles: Fernanda Stringassi de Oliveira, Isaque Vacari, Marcos Cezar Visoli e Stanley Robson de Medeiros Oliveira. A organização está fechando parceria com investidores, aceleradoras, incubadoras e empresários interessados em fazer negócio com os proponentes das propostas que forem classificadas para as finais locais e a final nacional.

O evento tem patrocínio da Totvs e correalização da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP), USP de São Carlos, Pontifícia Universidade Católica de Minas e do Rio Grande do Sul (PUC-Minas e PUC-RS), e universidades federais de Minas Gerais (UFMG), Viçosa (UFV), Lavras (UFLA), Juiz de Fora (UFJF), São Carlos (UFSCar) e do Rio Grande do Sul (UFRGS). As empresas AgriPoint, Carrusca Innovation, Litteris Consulting e Qranio também são realizadoras.

São apoiadores: Microsoft, Associação Brasileira de Agroinformática (SBIAgro), Sociedade Brasileira de Computação (SBC), Balde Branco, Brasil Júnior, Sindicato da Indústria de Laticínios do Estado de Minas Gerais (Silemg), Central Estudantil de Empresas Juniores da UFV (Ceempre), Centro Tecnológico de Desenvolvimento Regional de Viçosa (Centev/UFV), Terra Júnior Consultoria Agropecuária, Incubadora de Empresas de Base Tecnológica (Inbatec) e Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados no Estado de São Paulo (Sindleite).

Já os apoiadores da etapa Campinas são: Instituto Eldorado, Inova Unicamp e Fundação Fórum Campinas Inovadora (FFCi), além da Baita Aceleradora, que oferecerá aos três primeiros colocados dessa cidade-sede a participação em um programa de pré-aceleração. O programa visa identificar as necessidades e motivações dos clientes e ensinar aos empreendedores como validar ideias de negócios inovadores.

Palestra de sensibilização

Dados que mostram o atual mercado do leite no Brasil e no mundo fazem parte das palestras de divulgação do Ideas for Milk realizadas entre o final de julho e o início de setembro nas oito cidades-sede do evento. Em Campinas, o encontro ocorreu em 24 de agosto, no Instituto Eldorado, e contou com uma atividade em grupo sobre empreendedorismo e apresentações de Rosângela Zoccal e de Wagner Arbex, também da Embrapa Gado de Leite.

Além de explicarem as etapas do desafio e discutirem as tendências do agronegócio lácteo, os palestrantes destacaram a crescente necessidade de capacitação e de levar a tecnologia da informação ao campo, por exemplo, na forma de sensores e sistemas para automatização de processos. Arbex ressaltou que "o objetivo do Ideas for Milk é provocar esse ecossistema das startups para o mercado do leite".

Durante o evento, a chefe-geral da Embrapa Informática Agropecuária, Silvia Massruhá, afirmou que o concurso "é muito oportuno para incentivar empreendedores na área do mercado lácteo". Já Paulo Ivo, representante do Instituto Eldorado, falou da importância de apoiar essa competição. "Nós entendemos que é uma iniciativa bem disruptiva para o momento atual. É um desafio do presente", completou ele.

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