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Desembolso de crédito rural aumenta 26%


Os desembolsos de crédito rural da nova safra, a 2003/04, somaram R$ 17,7 bilhões de julho a novembro deste ano, de um total de R$ 32,5 bilhões para todo o ciclo agrícola, o que inclui os recursos do Pronaf (agricultura familiar). O valor despendido nesses cinco meses representa um incremento de 26% em relação ao mesmo período do ano passado.

"O aumento da área plantada, a elevação dos depósitos à vista e e a taxa de juros mais baixa impulsionaram os desembolsos rurais", afirmou Ivan Wedekin, secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura.

Sem levar em consideração os recursos para agricultura familiar, foram despendidos R$ 15,4 bilhões, ante os R$ 12,1 bilhões liberados entre julho e novembro do ano passado. O valor representa 57% do orçamento para custeio, comercialização e investimentos nas lavouras previstos pelo ministério. Somente os recursos para o Pronaf estão estimados em R$ 5,4 bilhões, de acordo com o secretário.

Para Wedekin, o balanço deste segundo semestre é totalmente positivo. "Vamos registrar um aumento de 2,6 milhões de hectares de área plantada, sobretudo no Centro-Oeste do país, e estamos priorizando os pequenos e médios agricultores."

Wedekin reforçou que o governo deverá implementar no próximo ano novos mecanismos de liberação de crédito, ainda em estudos pelo ministério, como os contratos de opção de venda de produtos agrícolas com a participação do setor privado.

Entre julho e novembro deste ano, os financiamentos para programas de investimento cresceram 30% em relação ao mesmo período do ano passado, com um total liberado de R$ 2,77 bilhões. O programa de modernização da frota de máquinas agrícolas, o Moderfrota, teve desembolso de R$ 1,47 bilhão no período, um crescimento de 35%. Segundo o Ministério da Agricultura, o total liberado para este segmento já atingiu 74% do orçamento para este tipo de financiamento, o que levará o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a liberar uma linha adicional de R$ 2,15 bilhões para o Finame Agrícola Especial.

A expectativa do governo é de que haja uma forte demanda por recursos, já a partir de fevereiro, impulsionada pelo início da colheita de grãos no país, além do plantio da safrinha de inverno e a comercialização da safra de verão, entre março e abril.

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