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Desempenho do frango vivo em novembro e nos 11 primeiros meses de 2016

A duração do atual período de estabilidade de preços os R$3,10/kg de São Paulo completaram 92 dias em 30 de novembro


Como o frango vivo encerrou novembro entrando, já, no quarto mês sem qualquer alteração no preço básico (tanto em São Paulo como em Minas Gerais a estabilidade vem desde o final de agosto), resta muito pouco a acrescentar sobre seu comportamento, a não ser observar que há quase 100 dias o mercado vem se mostrando absolutamente apático, sem apresentar qualquer reação mesmo nos melhores momentos de comercialização (primeiro decêndio de cada mês).

Ainda assim há alguns fatos a ressaltar, por se tratarem de ocorrências inéditas. Por exemplo, a duração do atual período de estabilidade de preços (os R$3,10/kg de São Paulo completaram 92 dias em 30 de novembro; e os R$3,30/kg de Minas Gerais, 94 dias na mesma data): ela supera todos os recordes anteriores. Daí a variação mensal igual a “zero” nos dois últimos meses – fato que, por sua vez, não sendo inédito, é de extrema raridade.

Mas o que mais chama a atenção é que, juntamente com a variação mensal, também a variação anual de preços foi igual a “zero”. Pois em São Paulo, no ano passado, em 23 dos 24 dias úteis de novembro, o frango vivo também foi negociado por R$3,10/kg (tecnicamente, a variação, neste ano, foi ligeiramente superior, de 0,067%; mas como durante todo o mês houve negócios esparsos a preços inferiores, a variação efetiva está muito mais próxima de “zero”). E isto, parece, também é inédito. 

A decorrência principal desse longo período de estabilidade recai sobre o preço médio anual, que passou a evoluir de forma mais lenta, ocasionando a deterioração do ganho que vinha sendo registrado em comparação ao ano anterior. Ou seja: enquanto nos oito primeiros meses de 2016 o preço médio alcançado ficou perto de 15,5% acima do obtido em idêntico período de 2015, transcorridos 11 meses esse índice recuou, apresentando agora variação de pouco mais de 11,5% sobre o período janeiro-novembro do ano passado. 

Naturalmente, esse “ganho”, embora superior à inflação do período, é insuficiente para cobrir a evolução dos custos de produção. Por isso o ano tende a ser encerrado com perdas difíceis de recuperar, mesmo havendo alguma reversão de mercado no período de Festas. Mas até isso soa um tanto improvável. 

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