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Desempenho do ovo em setembro de 2012

Há bem mais de um ano não se observava o ocorrido neste último setembro - o mês se encerrando com a mesma cotação do dia primeiro


Campinas - Há bem mais de um ano não se observava o ocorrido neste último setembro - o mês se encerrando com a mesma cotação do dia primeiro, sem qualquer variação de preços entre o começo e o fim do período. Aliás, a estabilização de preços do ovo veio antes de setembro começar, data de 29 de agosto. Portanto, em 30 de setembro já durava 33 dias.

Uma vez que a cotação alcançada no final de agosto foi menor que a obtida na maior parte daquele mês ou, mesmo, em julho, a estabilidade de setembro significou valor médio 7,87% inferior ao do mês anterior e, também, o pior resultado dos últimos quatro meses. E ainda que o valor médio do mês tenha ficado 18% acima do registrado um ano antes, em setembro de 2011, na verdade retrocedeu ao mesmo nível registrado em março de 2012 – o que é péssimo para o produtor, pois, nesses seis meses, as condições de produção sofreram modificação radical e os ganhos se deterioraram totalmente, transformando-se agora em prejuízo.

Não custa registrar, entretanto, que poderia ser pior. Porque, devido à sazonalidade da produção, os preços do final de setembro são, quase invariavelmente, decrescentes em relação ao início do mês, o que não ocorreu desta vez.

Espera-se, no entanto, que essa tenha sido a única exceção ao comportamento sazonal. Porque – também quase invariavelmente – setembro tem sido o mês em que são registradas as menores cotações do ovo no segundo semestre de cada exercício. Quer dizer: se o comportamento habitual se repetir, em outubro começa o processo de recuperação das cotações até atingir o pico do semestre (eventualmente, do ano) no mês de dezembro.

Isso, por sinal, mais do que desejável é imprescindível. Porque, decorridos os nove primeiros meses do ano, o ovo alcança, em 2012, valor nominal médio (R$47,89/caixa) apenas 7,36% superior à média dos 12 meses do ano passado. E isso, ainda que permita cobrir a inflação do período, é totalmente insuficiente para fazer frente ao aumento dos custos de produção.

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