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Destinação de embalagens de agrotóxicos melhora no Brasil

Mesmo assim, ainda há muitos agricultores que desrespeitam legislação de proteção ambiental


Cada vez mais os agricultores brasileiros dão a destinação correta às embalagens de agrotóxicos. No país, 84% delas seguem o rumo certo, informa o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev), gestor do sistema.

Em 2005, de janeiro a novembro, 16.197 toneladas foram encaminhadas adequadamente. Este ano, no mesmo período, foram 18.262 toneladas, alta de 12,7%.

Apesar dos dados positivos, muitos agricultores ainda insistem em desconsiderar os riscos de dano ambiental. A poluição de lençóis de água é um deles.

Por isso, a legislação prevê punição aos infratores. No Paraná, em Tuneiras do Oeste, na semana passada, dois produtores foram multados, informou a assessoria de imprensa do Inpev. Os valores não foram divulgados.

Após a utilização, o recipiente deve ser lavado, furado e inutilizado. Depois, em no máximo um ano, precisa ser entregue em unidades receptoras. Na devolução, a nota fiscal deve ser apresentada.

Antônio Donizeti de Miranda, presidente da Aribau (Associação das Revendas de Insumos Agrícolas da Região de Bauru), administradora do posto de coleta na região de Bauru, vê o respeito às normas em ascensão e avalia que os grandes consumidores, em geral, as cumprem. "Mas nem todos os pequenos fazem o mesmo".

Volume cresce 13,3% em SP

A quantidade de embalagens destinadas corretamente no Estado de São Paulo registrou alta de 13,3% de janeiro a novembro deste ano, contra igual período de 2005. Foram 2.405 toneladas no ano passado contra 2.725 toneladas devolvidas até o mês de novembro.

Em primeiro lugar no ranking brasileiro está Mato Grosso, com 4.275 toneladas em 2006. Segundo a assessoria de imprensa do Inpev, o país ocupa a liderança mundial de destinação adequada dos recipientes, com 84% das embalagens colocadas no mercado. O Canadá vem em seguida (70%). A Alemanha devolve 55%. Nos EUA, só 20% têm o fim correto.

"Antes, era muito pior"

O agricultor João Ulisses Gonçalves, produtor de legumes e frutas em Bauru, avalia que antes a situação era muito pior. Para ele, a maioria dos produtores respeita as normas. "Mas sempre há os relapsos", diz. Antigamente, afirma Gonçalves, muitos jogavam as embalagens no lixo comum. Alguns queimavam.

Ele disse que segue as regras sobre descarte de embalagens. Por exemplo, faz a tríplice lavagem, que consiste na colocação de água limpa no recipiente já vazio. Depois, o vasilhame é tampado e agitado por 30 segundos. O conteúdo deve ser despejado no tanque do pulverizador. Isto deve ser repetido três vezes.

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