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Dia de campo apresenta perspectivas para a cadeia tritícola

Potencial produtivo de cada cultivar, recomendações, avaliação da atual e projeções para próxima safra são assunto abordados durante o Dia de Campo.


O envolvimento direto no campo aproxima o programa de melhoramento do restante da cadeia do trigo. E foi buscando tecnologia e maior eficiência que recomendantes, profissionais da indústria moageira e multiplicadores de sementes de trigo, participaram de mais um dia de campo da Biotrigo Genética. A atividade, que reuniu mais de 200 pessoas em Apucarana/PR, aconteceu no dia 10 de agosto. A região é uma área trigueira com altitude de transição e representa as características de várias outras regiões.

Segundo o Gerente Regional Norte (PR, SP, Cerrado e Paraguai) da Biotrigo Genética, Fernando Michel Wagner, a proposta do dia de campo é integrar as diferentes demandas e colocar todos os elos da triticultura em sintonia. Somente em 2015, a Biotrigo Genética participou mais de 120 dias de campo em todo o Brasil, possibilitando a troca de informações e proporcionando um momento onde todas as dúvidas podem ser sanadas, como por exemplo, verificar o potencial produtivo de cada cultivar, novos ciclos, pré-lançamentos, além da oportunidade de comparar a reação às doenças que são prevalentes naquela localidade e naquele período.

“Neste ano, os melhoristas puderam evidenciar uma grande diferença na reação a tolerância ao calor e ao déficit hídrico, além de observar as diferentes reações ao complexo de manchas foliares”, explica Wagner. Pela manhã foram atendidos os participantes dos estados do Paraná, São Paulo e do cerrado brasileiro. À tarde, o evento contou com a presença do público vindo do Paraguai, país que possui características de plantio muito parecidas com algumas regiões brasileiras. Participaram profissionais da Biotrigo de vários setores, trazendo para discussão temas ligados ao setor comercial, melhoramento, qualidade industrial e fitopatologia, temas que interessam a toda a cadeia tritícola.

Vitrine tecnológica

Além de buscar informações sobre as cultivares já lançadas, os participantes tiveram a oportunidade de conhecer as tecnologias que chegarão ao mercado nos próximos anos. Ao todo foram sete estações que trataram, entre outros temas, do resgate da safra atual, o comportamento das cultivares TBIO já lançadas em comparação com as testemunhas concorrentes, os últimos lançamentos da Biotrigo, as linhagens superprecoces e informações sobre manejo de doenças, nitrogênio além da estação novos negócios, onde o foco foi o lançamento TBIO Energia I, focado em alimentação animal e na discussão sobre qualidade industrial.

Outro destaque da edição ficou por conta do detalhamento do manejo da cultivar mais recente, o TBIO Sossego, cujo maior diferencial é o pacote fitossanitário, tanto de folha, devido ao alto nível de resistência à ferrugem da folha, ao complexo de manchas foliares e bacteriose, além do elevado nível de resistência aos maiores problemas de difícil controle na cultura do trigo, contemplando doenças como Brusone, Giberela, incluindo ainda excelente pacote para resistência à germinação da espiga. O TBIO Toruk, trigo com genética francesa, focado em maior nível de tecnologia também foi apresentado aos sementeiros e técnicos. A cultivar, que deve ser a cultivar mais semeada no próximo ano no Brasil, traz alto potencial de rendimento combinado a uma excelente qualidade de grão. 

Safra 2016

O campo demostra que o clima, em 2016, foi mais favorável à cultura do trigo, quando comparado aos dois últimos anos. De acordo com Bruno Leonardo Alves, Supervisor Comercial da Biotrigo para os estados do PR e MS, o ano teve como característica marcante o clima seco, com baixas precipitações, o que não favoreceu a ocorrência de doenças de espiga, conforme os modelos meteorológicos vinham prevendo. “A tendência é de que a colheita seja favorecida por isto. Produtividades podem baixar um pouco, mas a qualidade do grão será grande destaque se as previsões se confirmarem”, avalia Alves.

Nas regiões que estão com o trigo com ciclo mais adiantado prevaleceram doenças como mancha amarela e marrom, especialmente em áreas sem rotação de culturas; oídio, que se intensifica com os baixos volumes de chuva e, isoladamente áreas com solo compactado onde o encharcamento ocorreu na fase inicial, se observou a ocorrência do vírus do mosaico do trigo, especialmente na região de transição do Paraná. Atualmente, no Norte do Paraná, algumas áreas começam a demandar a chuva, mas o florescimento em período seco favorece o não aparecimento de doenças de difícil controle na espiga. “Nas demais regiões, o desenvolvimento segue superior aos dois anos anteriores”, finalizou Alves.

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