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Dia de Campo do Projeto Biomas na Amazônia destaca o uso de sistemas integrados de produção

O evento será realizado no dia 30 de junho, no município de São Domingos do Araguaia, no Pará.


Produtores rurais, técnicos, extensionistas e estudantes terão a oportunidade de conhecer mais resultados preliminares do Projeto Biomas na Amazônia através do seu V Dia de Campo intitulado "Recuperação de pastagens com culturas anuais no sistema de integração Lavoura-Pecuária-Floresta". O evento será realizado no dia 30 de junho na Fazenda Cristalina, localizada na Rodovia BR-230 (Transamazônica), km 75, sentido Marabá – Palestina do Pará, no município de São Domingos do Araguaia, no Pará.

Evento atende à realidade do setor produtivo rural do Sudeste do Pará

A região sudeste do Pará, na região de Marabá, caracteriza-se por apresentar uma pecuária extensiva, com consideráveis áreas necessitando de recuperação de pastagens degradadas. Uma das alternativas para a recuperação destas áreas tanto em grandes quanto em pequenas propriedades, consiste na implantação de sistemas integrados, entre eles, o sistema Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), onde há a integração de agricultura com culturas anuais (arroz, milho, soja e/ou feijão-caupi), espécies arbóreas e a pecuária.

Neste sistema, há o cultivo de culturas anuais nos dois ou três primeiros anos e consegue-se renda que possibilita cobrir os custos de implantação, deixa resíduos de sua adubação e palhada para a espécie arbórea e para a pastagem a ser implantada futuramente, além de gerar benefícios ambientais. A pastagem ao ser implantada neste solo corrigido, desenvolve-se melhor e possibilita aumento da taxa de lotação e consequentemente maior produção de carne e/ou leite. E ainda há a espécie arbórea que pode ser utilizada dentro da propriedade para construção de cercas ou para fins energéticos, comercializada na região ou até mesmo para movelaria, caso a espécie escolhida seja adequada para esta finalidade. Neste sentido, torna-se importante obtermos resultados e demonstrarmos a viabilidade do plantio de culturas anuais e a divulgação de cultivares da Embrapa em uma região carente de informações técnicas e econômicas com estas culturas.

"O objetivo deste dia de campo é divulgarmos os resultados de trabalhos com culturas anuais, como arroz, milho, soja e feijão-caupi, para sistemas integrados de produção (ILPF)", afirma o engenheiro agrônomo Roni de Azevedo, pesquisador da Embrapa Amazônia Oriental e líder das pesquisas com ILPF no Bioma Amazônia.

Programação

O evento começará às 8h30 do dia 30 de junho (quinta-feira) com abertura, caracterização do Projeto Biomas na Amazônia e explanações das culturas anuais no sistema ILPF, com destaque para as cultivares de arroz e feijão-caupi testados, além de soja e arroz. Em seguida, será feita a interação entre o público presente e os pesquisadores através de dúvidas e respostas. O término está previsto para as 11h15.

"A despeito do foco principal do Projeto Biomas ser a incorporação da árvores nos sistemas produtivos das propriedades rurais pelo Brasil, não podemos fechar os olhos para as realidades de diversas regiões, como o Sudeste do Pará, onde a pecuária é extremamente ativa. Propomos sistemas e situações que resultem no incremento de ganhos para o produtor ao serem levadas em conta as culturas anuais e seus benefícios para o solo e, ao mesmo tempo, a implantação de árvores", explica o engenheiro florestal Alexandre Mehl Lunz, também pesquisador da Embrapa Amazônia Oriental e coordenador regional do Projeto Biomas na Amazônia.

Sobre o Projeto Biomas

O Projeto Biomas, iniciado em 2010, é fruto de uma parceria entre a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), com a participação de mais de quatrocentos pesquisadores e professores de diferentes instituições, em um prazo de nove anos. Os estudos estão sendo desenvolvidos nos seis biomas brasileiros para viabilizar soluções com árvores para a proteção, recuperação e o uso sustentável de propriedades rurais nos diferentes biomas.

O Projeto Biomas tem o apoio do SENAR, SEBRAE, Monsanto, John Deere e do BNDES. Na Amazônia, o Projeto Biomas é coordenado pela Embrapa Amazônia Oriental com apoio da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA), Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) e diversas outras instituições de ensino e pesquisa.

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