CI

Dia do Produtor é comemorado na Seagro com anúncio de recriação da Emater

A empresa será vinculada a Seagro como Agrodefesa e a Ceasa


Produtores rurais ligados à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás (Seagro) têm encontro marcado às 10 horas de terça-feira, 28, na sede do órgão (Setor Leste Universitário, em Goiânia). À ocasião, será comemorado o Dia do Produtor Rural, iniciativa que tem por objetivo promover a dignidade do homem do campo, bem como destacar a relevância da atividade para as economias regional e nacional.

Os agricultores das mais 130 mil propriedades rurais têm outro motivo para comemorar, já que, na mesma data, deverá ser feito o lançamento da recriação da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Goiás (Emater), uma decisão tomada pelo Governo, Alcides Rodrigues esta semana. A empresa será vinculada a Seagro como Agrodefesa e a Ceasa. Participam do evento representantes de entidades, parceiros da Seagro, prefeitos e secretários de agricultura municipais.

Historicamente, o Dia do Produtor Rural - definido no calendário desde a década de 1960 - é comemorado em 28 de julho. A data simboliza o intuito do governo estadual em impulsionar a atividade, que é responsável por números cada vez mais otimistas no cenário das exportações goianas. Grande ou micro produtor, os agricultores goianos cumprem a missão de plantar, colher e contribuir com o sustento de 180 milhões de brasileiros.

Em Goiás, a balança comercial tem forte presença do agronegócio, responsável por manter números elevados das exportações. Hoje, a produção estadual está em 13 milhões de toneladas, em consonância com a estatística nacional, que é de 136 milhões de toneladas. O Estado possui o terceiro maior rebano bovino do País, hoje superior a 20 milhões de cabeças.

Além de fomentar a economia, a produção goiana sustenta os níveis de empregabilidade, já que no primeiro semestre deste ano foram registradas pelo menos 50 mil novas contratações - somadas as três principais atividades econômicas, entre elas o agronegócio, que teve crescimento superior a 12% na criação de novas vagas, conforme dados do Ministério do Trabalho e Emprego.

Alusiva à presença do homem do campo no cenário brasileiro do agronegócio, a comemoração serve de estímulo às ações de valorização do trabalho realizado, também, por famílias de pequenos agricultores. Entre as ações, está a extensão rural e o apoio à diversificação de culturas, além da recuperação de pastagens.

Logo, reconhecer o valor do trabalhador rural está entre as prioridades da Seagro, que atua por meio de parcerias, entre elas o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), federações da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) e dos Trabalhadores na Agricultura no Estado de Goiás (Fetaeg), prefeituras e entidades voltadas ao segmento.

Como conseqüência natural, o esforço do governo em recriar a Emater, que surgiu em 1975, após a dissolvição da Associação de Crédito e Assistência Rural do Estado de Goiás (Acar-GO), que vigorou no período 1965-1974. Extinta em 1999 pelo governo Maguito Vilela, a Emater teve acentuada atuação junto ao trabalhador rural goiano.Foi substituída pela também extinta Agenciarural que funcionou de 1999/2008, vinculada a Secretária de Agricultura, com a reforma administrativa do Estado foi assumida totalmente pela SEAGRO.

Nos municípios assistidos, a entidade desenvolveu trabalhos em parceria com as prefeituras locais, respeitando a realidade de cada região, por meio de planos elaborados em consonância com o cenários socioeconômicos distintos. Como resultado, parcerias em benefício dos produtores rurais.

Além disso, a Emater voltou os olhos à pesquisa. Sendo que, por meio dos estudos, foi possível corrigir deficiências de solo e abrir fronteiras agrícolas. Como reflexo, hoje o Estado é destaque na produção de variedades mais resistentes de soja, além de arroz, feijão, algodão, trigo e tomate industrial. A variedade gado de corte e de leite segue no mesmo ritmo de crescimento.

Atuação que motivou a publicação de trabalho científico sob responsabilidade dos acadêmicos Fausto Miziara e Eloisa Pio de Santana, do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal de Goiás (UFG). No estudo, foi constatada - por meio de pesquisa com produtores rurais - a participação da Emater no processo de inserção do produtor familiar na modernização da agricultura no Estado.

"Procuramos desenvolver ações que valorizem, prioritária e efetivamente, o produtor rural. Como resultado, aferimos estatísticas promissoras no agronegócio", lembra o secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás, Leonardo Veloso. Cita os números computados recentemente pela Pasta. Apenas no mês de maio deste ano, foram US$ 340,8 milhões, somente em exportações.

Se observada a relevância do agronegócio, Goiás alcançou percentual de 80%, totalizando US$ 269 milhões. Tem entre os principais importadores a China, Países Baixos, Espanha e Reino Unido. O quadro de exportações, no período janeiro a maio, trouxe ao Estado nada menos que US$ 1,2 bilhão (volume total negociado).

Entre os principais produtos comercializados no mercado externo, estão a soja (US$ 186 milhões, perfazendo 54,72% de participação) e carnes (bovinas, aves e suínas), que somaram US$ 67 milhões (19,74%). Como resultado, o otimismo dos produtores, já que - comparativamente - o Estado exportou, em 1999, apenas US$ 27 milhões, no mesmo período.

No cenário internacional, a participação do Estado merece destaque. A China (integrante do Bric - Brasil, Rússia, Índia e China) comprou o equivalente a US$ 124 milhões (36,5% na balança comercia). Pela ordem, Países Baixos importaram US$ 38 milhões (11,2%), a Espanha, US$ 16 milhões (4,7%) e o Reino Unido, US$ 9,7 milhões (2,9%).

As exportações do agronegócio nacional alcançaram 95% de participação, sendo Goiás um dos propulsores da elevação. Apenas no primeiro semestre de 2008, praticamente 80% das exportações goianas estavam diretamente relacionadas ao agronegócio. "Resultado do esforço coletivo dos produtores goianos", reforça Veloso.

Quanto à pesquisa, destaque para o Projeto de Disseminação de Tecnologias em Integração Lavoura-Pecuária-Floresta, desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), na Fazenda Santa Brígida (localizada na região de Ipameri, a 188 quilômetros de Goiânia). A ação é pioneira por enfocar a rotatividade e diversificação de culturas, com a consequente recuperação de solo degradado.

Potencialmente cultivável, o Cerrado goiano já possui mais de 500 hectares destinados ao cultivo da uva (vitivinicultura). Produtores da região Sul do País já atestaram as potencialidades do Estado, como pretende mostrar a 2ª Festa da Uva de Goiás, marcada para ocorrer entre os dias 20 e 23 de agosto, em Santa Helena de Goiás. "Momento para mostrar a diversidade da produção goiana, com a pesquisa, assistência técnica, extensão rural e, acima de tudo, a vocação para o agronegócio. A nova Emater será uma empresa enxuta, não vai onerar os cofres públicos, terá agilidade e eficácia na assistência técnica e extensão rural e pesquisa", lembra Veloso.

Em seguida ao anúncio, o projeto será encaminhado pelo governador Alcides Rodrigues à Assembléia Legislativa para apreciação e votação. As informações são da assessoria de imprensa da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Estado de Goiás (SEAGRO).

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.