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Dia Mundial da Água: boas práticas ajudam a garantir o uso eficiente

Data é celebrada nesta terça-feira, 22 de março


Foto: Divulgação

Mais do que nunca, o uso eficiente da água nas lavouras e sua preservação se tornaram temas frequentes entre os produtores rurais, seja por conta da escassez hídrica ou as novas regulamentações referentes à utilização do recurso. O Objetivo do Desenvolvimento Sustentável (ODS) 6 do Pacto Global da ONU prevê água potável e saneamento para todos e chama a atenção das autoridades globais a respeito da necessidade do acesso à água potável pelas populações de todo o mundo. Para que esse objetivo seja cumprido, entre os conjuntos de metas a considerar, está o aumento da eficiência no uso desse recurso em todos os setores (incluindo o seu uso sustentável) e, ainda, a proteção ou restauração
 dos ecossistemas. A agricultura exige desde já o incremento de soluções de baixo custo para uso cada vez mais racional da água. 

Entre os caminhos na busca por maior produtividade aliada à sustentabilidade, as boas práticas agrícolas surgem como solução. Neste sentido, a RTRS - Associação Internacional de Soja Responsável (Round Table on Responsible Soy Association) traz em seus princípios para certificação, recomendações e orientações para a preservação desta fonte fundamental ao setor. 

“Quando falamos em boas práticas agrícolas, estamos falando daquelas que contribuem para a sustentabilidade da produção no campo e isso tem tudo a ver com o uso eficiente da água e sua preservação”, afirma Cid Sanches, Consultor Externo da RTRS no Brasil, organização global formada pelos principais representantes da cadeia da soja.  

Segundo ele, apesar das boas práticas agrícolas não serem exatamente uma novidade, muitos ainda desconhecem sua ligação direta com o uso eficiente e a preservação da água. Na RTRS a versão 4.0 do Padrão de Produção de Soja Responsável traz um princípio focado em boas práticas agrícolas, com dezenas de critérios referentes ao uso e preservação do recurso. Como a organização é signatária do Pacto Global da ONU, vários desses critérios estão diretamente ligados à ODS 6, como, por exemplo, a implementação de boas práticas agrícolas para promover a recarga do aquífero e minimizar os impactos difusos e localizados de resíduos químicos, fertilizantes, erosão ou outras fontes sobre a qualidade  das águas superficiais e subterrâneas. O princípio ainda conta com outros critérios, como:  

- Preservação de áreas de vegetação natural em volta de nascentes e ao longo de cursos naturais da água; 

- Identificação de diferentes usos do recurso na propriedade; 

- Monitoramento do uso de grandes volumes; entre outros. 

As medidas fazem parte do Padrão RTRS de Soja Responsável e devem ser propagadas como um todo, independente da certificação. “A RTRS acredita na importância do cultivo responsável da soja para o fortalecimento do mercado no país e no mundo. Por isso, temos como compromisso a promoção do diálogo para disseminarmos informações e ampliar a certificação como uma alternativa voluntária para um futuro ambientalmente e socialmente sustentável e economicamente viável”, destaca Sanches.

A certificação RTRS é uma ferramenta para o crescimento de soja certificada no Brasil que pode ser adotada individualmente ou por meio de grupos de pequenos produtores. O Padrão de Produção RTRS está fundamentado em 5 princípios – Cumprimento da Legislação e Boas Práticas Empresariais, Condições de Trabalhos Responsáveis, Relações Responsáveis com a Comunidade, Responsabilidade Ambiental e Boas Práticas Agrícolas, agrupados em 106 indicadores de cumprimento progressivos.  

 


Ao produzir de forma sustentável, a cadeia de soja no Brasil garante, além do cumprimento de metas responsáveis, a valorização da soja nos mercados nacional e internacional,
 além do ganho em redução de custos de produção, por meio de uma gestão eficiente que se reflete em economia nos processos e rentabilidade.  

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