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Dia Nacional do Café será comemorado com exposição no DF

Durante o evento, o público também poderá apreciar cafés de qualidade, resultado de muita pesquisa


Dia 24 de maio é o Dia Nacional do Café. A data faz referência ao dia em que se inicia a colheita do produto. A Embrapa Café, responsável pela coordenação do maior programa de pesquisa do mundo totalmente dedicado ao produto, vai comemorar a data com uma exposição - nesta quarta-feira, dia 25 de maio, na Câmara dos Deputados -, que vai mostrar os resultados da pesquisa e de gestão alcançados pela Unidade.

Durante o evento, o público também poderá apreciar cafés de qualidade, resultado de muita pesquisa. “O espaço da Câmara foi escolhido por ser representativo do povo brasileiro, que contribui para que o café se tornasse um produto genuinamente nacional. Além disso, o ambiente reúne diariamente milhares de pessoas das mais diversas regiões brasileiras, que poderão multiplicar as informações que estamos trazendo”, diz a gerente de transferência de tecnologia, Isabel Penteado.

Os destaques da pesquisa que poderão ser conferidos nesta data são o Sistema para Limpeza de Águas Residuárias – SLAR, desenvolvido por Sammy Fernandes Soares, e a clonagem de café, sob a responsabilidade de Carlos Henrique S. de Carvalho, ambos pesquisadores da Embrapa Café, com recursos do Consórcio Pesquisa Café.

A inovação do SLAR consiste num sistema de limpeza das águas residuárias provenientes do processamento de frutos do cafeeiro. Essa água contém resíduos sólidos e alta carga orgânica com potencial de poluir o meio ambiente. O sistema remove os resíduos da água e permite que ela seja reutilizada em um novo processamento de frutos ou direcionada à fertirrigação da cultura. Além disso, os resíduos sólidos retirados podem ser utilizados na produção de adubos orgânicos. Com o uso dessa tecnologia o produtor pode chegar a uma economia de 90% do volume de água necessário para o processamento por via úmida do café.

Já clonagem de café consiste em um estudo inédito na cafeicultura brasileira que prevê a produção de mudas clonais em larga escala de café arábica com resistência ao bicho-mineiro do cafeeiro (Leucoptera coffeella) e à ferrugem (Hemileia vastatrix), boa qualidade de bebida e alta produtividade. A iniciativa, realizada em parceria com a Fundação Procafé, proporciona a redução a um terço do tempo convencional no processo de desenvolvimento de cultivares de café arábica que, por outras técnicas, chegaria a atingir cerca de 30 anos para chegar ao campo.

“Um dos grandes benefícios dessa pesquisa é a garantia de produção de mudas de alto valor agronômico, conferindo mais competitividade para o café brasileiro no mercado nacional e internacional. Ao se produzir cafeeiros resistentes a pragas e doenças, o uso de agroquímicos diminui expressivamente, o que tem implicações positivas no equilíbrio do meio ambiente e na saúde do consumidor. A produção de clones representa uma ferramenta muito valiosa para o processo de melhoramento genético do café e mantém o Brasil na vanguarda das pesquisas cafeeiras”, completa Carlos Henrique.

Exemplo em gestão de pesquisa – A Embrapa Café foi criada com a responsabilidade de coordenar o Programa Pesquisa em Café, o maior na área em todo o mundo, cuja proposta é de trabalho conjunto e harmônico com as diversas instituições envolvidas em P&D e transferência de tecnologia para a sustentabilidade do agronegócio café brasileiro. Para isso conta, de forma inédita no cenário nacional, com uma programação de pesquisa que se estende por toda a cadeia produtiva do café - além da produção agrícola, as áreas de comércio, indústria e até mesmo de saúde do consumidor - nos doze principais estados brasileiros produtores.

“Todo o trabalho de pesquisa é orientado para as necessidades dos clientes – cafeicultores, comércio, governo e consumidor final. Esse esforço concentrado de pesquisa vem ampliando a base da evolução do negócio café brasileiro”, diz o gerente-geral da Embrapa Café, Paulo César Afonso Jr.

O estreitamento das relações entre os grupos de pesquisa das instituições participantes do Consórcio Pesquisa Café foi um dos principais objetivos da Embrapa Café nos últimos anos. “Sabemos que, por meio de parcerias, o estudo científico ganha em capilaridade, abrangência e credibilidade, promovendo em menor tempo a evolução do agronegócio café brasileiro”, completa o gerente.

Sobre a data e a história do café – O Dia Nacional do Café existe desde 2005 e é fruto de uma ideia da Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), que queria divulgar e incentivar uma das bebidas mais finas do Brasil.

O café durante muito tempo foi o principal produto agrícola do Brasil e ainda hoje é um dos principais representantes da produção agrícola nacional. O Brasil é o maior exportador de café do mundo e o segundo maior consumidor da bebida. Em breve, deveremos ser os maiores consumidores. E é daqui que saem também os melhores grãos.

De origem africana, em terras brasileiras o café ganhou identidade, já completamente relacionada à própria cultura do nosso País. Está espalhado em 12 estados, sendo os principais produtores Paraná, Minas gerais, São Paulo, Espírito Santo, Bahia e Rondônia.

É unânime que o café fez e faz parte da História de desenvolvimento do Brasil e sua trajetória, cada vez mais adaptada aos novos tempos e suas demandas, ainda tem muito a ser trilhada.

As informações são da assessoria de imprensa da Embrapa Café.

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