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Dieta mista pode ser caminho para sustentabilidade

A engenheira investigou de que forma as diferentes dietas brasileiras provocam danos ao planeta


Foto: Pixabay

Uma alimentação que combina a ingestão de proteínas animais e vegetais poderia poupar 809 milhões de hectares (Mha), 1 bilhão de toneladas de carbono equivalente deixaria de ser emitido e 720 trilhões de litros de água poderiam ser economizados. Os resultados foram obtidos por Ana Chamma, mestranda da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da Universidade de São Paulo (USP).

Sob orientação de Gerd Sparovek, professor da Esalq e coordenador do Geolab, Ana, que é engenheira sanitarista e ambiental, desenvolveu seu trabalho com o objetivo de apresentar uma nova abordagem para garantir a segurança alimentar da população brasileira e, ao mesmo tempo, a sustentabilidade do País. “Outro dado interessante foi que a dieta da região Centro-Oeste, baseada em carne bovina, causa os maiores impactos, tanto no uso da terra como no uso da água. Além disso, emite mais gases de efeito estufa no ambiente. Já a baseada em peixes e frutos do mar, consumida em regiões nordestinas, é a que gera os menores danos”, diz o Jornal da USP.

“Quando se pensa em mudanças climáticas, geralmente se olha para o transporte, para a energia, mas a alimentação também é um ponto que merece a nossa atenção”, diz ela. “A inversão de lógica veio da Ana. Ela entendeu que, com a inversão, os resultados seriam mais facilmente comunicados e entendidos por não especialistas no assunto. E deu certo, foi uma grande ideia”, Sparovek.

A engenheira investigou de que forma as diferentes dietas brasileiras provocam danos ao planeta e se uma mudança de hábitos alimentares traz algum efeito positivo. “Acreditamos que mudanças simples, como consumir diferentes tipos de proteínas em uma semana, poderiam minimizar esses danos”, afirma Ana. “Integrar medidas de intensificação na produtividade agropecuária e redução na perda de alimentos, aliados à modificação de hábitos alimentares, é uma alternativa para mitigação de mudanças climáticas”, conclui.

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