Na soja, custo de produção reajustado entre 15 e 20%, rodovias sucateadas, cobrança de pedágio acima do razoável no Anel de Integração, ferrovias com sérios problemas de operação, exigindo novos e urgentes investimentos, e um porto com problemas de investimentos e de regras operacionais. Conjuntamente, estes obstáculos, além de altas produções mundiais, deverão diminuir a renda do produtor rural paranaense em 2005, revela estudo do Departamento Técnico-Econômico da Federação da Agricultura do Paraná (Faep).
Embora o Estado estime produzir 12 milhões de toneladas de soja em 2004/2005, o desempenho na exportação não repetirá 2004. Contra preço superior a R$ 50 por saca de 60 Kg, no ano passado, o sojicultor tem que se contentar com uma cotação não superior a R$ 32 ou R$ 34, principalmente por causa da superprodução americana estimada em 82 milhões de toneladas, e da valorização do real frente ao dólar.
Para o presidente da Faep, Ágide Meneguette, a agropecuária paranaense terá desempenho positivo na produção deste ano. Entretanto, ele assinala que o setor enfrentará custos maiores. “Como as cotações estão em baixa para a maioria dos produtos, alcançará menor rentabilidade financeira”. De acordo com o dirigente, o produtor deve ‘segurar os’ investimentos em máquinas, implementos e benfeitorias, e concentrar recursos e esforços no aumento da produtividade. “Não tem outra saída”, assinala Meneguette.