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Dinamarqueses conhecem o programa de etanol brasileiro

País deve acelerar a utilização de combustíveis de baixo carbono


A Dinamarca tem dado sinais de que vai acelerar a utilização de combustíveis de baixo carbono no país. Em encontro com executivos da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) no Consulado da Dinamarca em São Paulo na última segunda-feira (21/03), uma delegação de nove representantes do governo dinamarquês manifestou grande interesse pelo processo de produção de açúcar e etanol brasileiro.


“Foi uma excelente oportunidade de esclarecer diversos aspectos sobre a sustentabilidade da produção de etanol no Brasil, bem como apresentar alguns mecanismos que asseguram o contínuo aprimoramento das práticas socioambientais, a exemplo do Protocolo Agroambiental e o Compromisso Nacional de Aprimoramento das Práticas Trabalhistas. Ressaltamos também a importância do Zoneamento Agroecológico, que restringe a produção de cana de açúcar a não mais do que 7,5% do território nacional e proíbe qualquer tipo de desmatamento para a sua expansão” explica Eduardo Leão de Sousa, diretor executivo da UNICA que participou do encontro.

Recentemente a Dinamarca, país que possui um dos melhores padrões de vida do mundo, implementou uma legislação de “carbono zero”. O objetivo é perseguir a curto e médio prazo o uso de energias alternativas, como o etanol, em substituição aos combustíveis de origem fóssil, caso da gasolina. Desde outubro de 2010 o país já adota uma mistura de 5% de etanol feito a partir de palha de trigo à gasolina consumida.


O diretor da UNICA ressalta que a delegação mostrou-se também interessada em relação ao etanol de segunda geração, no qual a biomassa da cana será utilizada para produção do biocombustível. “Não vamos nos esquecer que a Novozymes, empresa de vanguarda em pesquisas do etanol de segunda geração é de origem dinamarquesa. As pesquisas nesta área já estão bastante avançadas e são muito promissoras, permitindo significativo aumento da produtividade do etanol. Com esta tecnologia, será possível quase dobrar a produção de etanol utilizando a mesma área de cana-de-açúcar,” conclui Sousa.

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