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Disputa por farelo aumenta cotação

Neste ano de 2012, o farelo de soja teve uma disparada no preço


Neste ano de 2012, o farelo de soja teve uma disparada no preço. A demanda aquecida que remunera o produtor é a mesma que prejudica a suinocultura, atividade que começa a ter de disputar o produto com o rentável mercado internacional. Desde o início do ano, por exemplo, a tonelada do derivado de soja aumentou 46,2%.


Fomentado pela demanda de países europeus e do Leste Asiático, o farelo atingiu, por exemplo, R$ 900 a tonelada em Rondonópolis (210 quilômetros ao sul de Cuiabá) na última semana de maio. O município é referência no processamento por congregar o maior polo agroindustrial do Estado.

Como aponta o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), em seu Boletim Semanal, divulgado nessa segunda-feira (04), para o produtor de soja este fato é benéfico, pois as esmagadoras recebem mais pelo farelo e, consequentemente, pagam mais pela oleaginosa comprada na fazenda. Por outro lado, o suinocultor depende também deste farelo de soja e passa a travar uma acirrada disputa pelo produto com o mercado para exportação. “Essa disputa faz com que os custos com alimentação para produção de suínos aumentem ao longo do ano, observados pela relação quantidade de quilograma de suíno vivo para compra de farelo de soja”.


No final de 2011, 1 quilo (kg) de suíno comprava 4,5 kg de farelo, porém, com a valorização desta proteína vegetal, em maio, 1 kg de suíno compra apenas 2,2 kg de farelo, ou seja, o custo com farelo de soja aumentou 100% no período. O que fortaleceu o mercado da  soja é o mesmo que enfraqueceu o mercado de suínos, a exportação.

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