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Dívidas dos produtores barram safra maior

A dívida total dos produtores com as indústrias é estimada em R$ 131 bilhões


A aposta dos sojicultores para a próxima safra poderia ser muito maior não fosse o pesado endividamento contraído com as indústrias de insumos no período de baixa da cultura. A dívida total do agronegócio é estimada em R$ 131 bilhões e, por enquanto, o que existe é apenas uma possibilidade de equalizá-la.

O governo tem até o dia essa segunda-feira (30-07) para apresentar uma proposta de renegociação dessa dívida, o chamado Fundo de Recebíveis do Agronegócio (FRA). O fundo, criado numa Medida Provisória já enviada ao Congresso Nacional, servirá para os produtores quitarem os débitos com as empresas de defensivos e de fertilizantes.

“Os produtores poderiam e até gostariam de plantar mais soja este ano, mas não vão conseguir por causa da falta de crédito para compra de insumos”, diz André Pessôa, sócio-diretor da Agroconsult. Ele acredita que os bons preços da soja no mercado internacional seriam suficientes para elevar a produção. “Vamos ver como essa proposta de refinanciamento será apresentada”, pondera o consultor.

O endividamento do produtor pesa na hora de comprar os insumos. Segundo o diretor-executivo da Associação Nacional para a Difusão de Adubos (Anda), Eduardo Daher, boa parte dos produtores precisa pagar à vista a compra de fertilizantes porque a indústria adotou critérios mais rigorosos para conceder crédito. (AE)

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