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Documento abre caminho para políticas conservacionistas

É preciso incorporar a biodiversidade e serviços ecossistêmicos às políticas de desenvolvimento do país


Cinquenta cientistas vinculados à Plataforma Brasileira de Biodiversidade e de Serviços Ecossistêmicos (BPBES) desenvolveram um documento que indica o caminho para políticas públicas com foco conservacionistas. O Sumário para Tomadores de Decisão do Primeiro Diagnóstico Brasileiro de Biodiversidade e de Serviços Ecossistêmicos foi lançado no dia 08 de novembro, no Museu do Amanhã. 

De acordo com a pesquisadora da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Solos) Rachel Bardy Prado, que também participou da elaboração de capítulos do documento, o Brasil possui a maior biodiversidade do planeta, tem a legislação necessária, o capital humano e a capacidade instalada para ser líder mundial nesse sentido.  “Espero que o documento seja um norteador de políticas públicas com foco conservacionista”, diz Rachel. 

Nesse cenário, a professora da Universidade de Brasília Mercedes Bustamante afirmou que o Brasil possui 42 mil espécies vegetais e 9 mil espécies de animais vertebrados, além de 129 mil espécies de invertebrados conhecidos, embora a lista de ameaças tenha 1.173 animais e 2.118 plantas. “Vivemos uma crise sistêmica global, expressa por vários atores, como a pressão demográfica, a escassez de recursos, as mudanças nos padrões de consumo, o que é chamado de tempestade perfeita de crises simultâneas”, afirma. 

Segundo ela existe uma certa urgência no desenvolvimento desse tipo de política, para garantir um meio ambiente preservado e, consequentemente, mais qualidade na produção. "Para isso, é preciso incorporar a biodiversidade e serviços ecossistêmicos às políticas de desenvolvimento do país, promover o cumprimento das leis, inovar no desenho de políticas que integrem componentes sociais, econômicos e ambientais e reconhecer o papel da ciência como elemento-chave na tomada de decisão”, conclui.

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