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Doença dos laranjais avança em São Paulo

Em um ano, subiu de 58 para 113 o número de cidades com a presença do greening


Aumento de cidade atingidas pelo greening (doença dos laranjais) no Estado de São Paulo e corte de inspetores que atuam no combate à doença. As duas informações foram divulgadas na sexta-feira (01-12) pelo Fundecitrus (Fundo de Defesa da Citricultura) na sede do órgão, em Araraquara.

Em um ano, subiu de 58 para 113 o número de cidades em que foi identificada a presença do greening, o total de propriedades afetadas passou de 1.110 para 3.500 e o número de plantas, de 193 mil para 350 mil, segundo o órgão.

O quadro de inspetores será reduzido para 60 - eram 491, uma queda de 87,78%. O corte foi baseado na instrução normativa 32, de 29 de setembro, publicada no "Diário Oficial" da União, que estabelece que o produtor é responsável pela inspeção em seus pomares, e no corte de 10,42% do orçamento do fundo para o próximo ano -passará dos atuais R$ 48 milhões para R$ 43 milhões.

Na avaliação do Fundecitrus, a mudança é resultante de uma adequação ao cenário atual da sanidade da citricultura e o objetivo é desenvolver um controle compartilhado com os citricultores. A decisão foi corroborada pelo comitê técnico-científico do fundo, que conta com a participação de representantes da Secretaria de Estado da Agricultura.

"Para conseguir combater a doença sozinhos, precisaríamos de 5.000 ou 6.000 inspetores, o que é inviável", disse o gerente científico do Fundecitrus, Antonio Juliano Ayres.

Originário da China, o greening foi constatado pela primeira vez no Brasil em março de 2004. A doença provoca desfolhamento dos ramos, seca e morte de ponteiros, maturação irregular, redução do tamanho, deformação e queda de frutos.

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