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Dólar cai e arrasta preço da soja

Desvalorização fortíssima de 2,5% da moeda norte-americana


As cotações da soja tiveram na quarta-feira (24.01) um dia de perdas nos preços do mercado físico brasileiro, desalinhadas do movimento altista da Bolsa de Chicago (CBOT). De acordo com a T&F Consultoria Agroeconômica, em média os preços desceram 0,50% nos portos e 0,12% no interior.

O analista da T&F, Luiz Fernando Pacheco, ressalta que essa queda foi provocada pela desvalorização fortíssima de 2,5% do Dólar frente ao Real, que passou de R$ 3,23 para R$ 3,13. Segundo o especialista, a moeda norte-americana será o grande fator de preço da soja em 2018.

De acordo com ele, a demanda interna de soja poderá ser aumentada com a retomada da curva das exportações no período de fevereiro até julho, quando o Brasil for o grande fornecedor da China (se Chicago não subir, subirão os prêmios), o que obrigará as indústrias locais a também subirem os preços internos. O segundo argumento para o aumento da demanda interna, diz Pacheco, é o aumento do percentual de uso do óleo de soja como biodiesel, a partir de março, não apenas no Brasil, mas nos EUA também. 

“Um terceiro argumento poderia vir (dizemos poderia, porque não está definido ainda) do milho. Com uma safra bem menor do que a do ano passado (92,3MT, contra 97,84MT) a tendência seria de os preços subirem, não fosse pelo altíssimo estoque inicial da safra, em torno de 18 milhões de toneladas, que deverá mais do que compensar o que se colher a menos nesta temporada. Mas, o escoamento de parte desta disponibilidade para exportação poderá reduzir os estoques e elevar os preços, não só do milho, mas do farelo de soja também e, por consequência, da soja em grão. O ponto a ser observado, então é a exportação do milho”, conclui o analista da T&F.

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