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Dólar engata queda ante real com otimismo sobre vacina e BC no radar

Às 10:11, o dólar recuava 0,52%, a 5,3059 reais na venda


Foto: Pixabay

O dólar engatava queda contra o real nesta quarta-feira, com os investidores refletindo uma recuperação do otimismo global depois de notícias frescas sobre a vacina contra a Covid-19 da Pfizer e sinalizações recentes do Banco Central de que pode fazer ofertas líquidas de contratos de swap cambial.

Às 10:11, o dólar recuava 0,52%, a 5,3059 reais na venda, depois de ter operado perto da estabilidade nos primeiros minutos de pregão.

O dólar futuro de maior liquidez recuava 0,63%, a 5,303 reais.

Ativos de risco de todo o mundo, como os futuros de Wall Street [.NPT], as bolsas de valores europeias [.EUPT] e alguns dos principais pares do real operavam em alta nesta manhã, sinalizando uma melhora no sentimento dos investidores depois que a Pfizer informou nesta quarta-feira que os resultados finais do teste de estágio avançado de sua vacina mostram que o imunizante é 95% eficaz.

A empresa acrescentou que tem os dados de segurança exigidos referentes a dois meses e que solicitaria autorização para uso emergencial nos Estados Unidos em alguns dias.

“As notícias sobre eficácia de vacinas contra a Covid-19 voltam a animar os mercados nesta manhã”, disseram em nota analistas do Bradesco, destacando que, em “cenário de menor aversão ao risco, o (índice do) dólar perde força moderadamente”.

A moeda norte-americana operava em queda de 0,1% contra uma cesta de pares fortes, rondando mínimas desde 9 de novembro.

Apesar da euforia desta manhã, os mercados não descartavam os riscos negativos para o cenário, alertando para a ameaça econômica da segunda onda de coronavírus na Europa e nos Estados Unidos.

Os mercados têm repercutido “perspectivas futuras que agregam esperanças, tais como o novo governo do presidente americano eleito Joe Biden e os anúncios de avanços concretos na formulação de vacinas contra o coronavírus”, mas ainda atentos ao “‘status quo’ presente da gravíssima crise da pandemia que retorna em sua segunda rodada, ameaçando os sinais de recuperações de atividades de importantes economias”, disse em nota Sidnei Nehme, economista e diretor-executivo da NGO Corretora.

Enquanto isso, no Brasil, continuava no radar dos operadores a sinalização do BC de que pode fazer ofertas líquidas de contratos de swap cambial.

Em nota à imprensa divulgada na segunda-feira, a autarquia se comprometeu a realizar operações para rolagem integral de swaps vincendos em janeiro de 2021, mas adicionou que poderia “recalibrar o montante ofertado, conforme as condições de mercado”, medida que foi interpretada como indicação de que o BC poderia fazer ofertas líquidas desses contratos --cujas colocações equivalem a uma venda de dólares no mercado futuro.

“Para se ter ideia da eficácia da medida prudencial que se especula, a venda de contratos de swaps novos, o impacto da expectativa foi extremamente relevante no preço da moeda americana no nosso mercado, depreciando-o de forma intensa frente ao real, sem qualquer correlação com outras moedas emergentes, de forma pontual expurgando o conteúdo especulativo”, opinou Nehme em nota.

Na véspera, a moeda norte-americana à vista teve queda de 1,96%, a 5,3335 reais na venda, uma mínima em dois meses.

O Banco Central fará nesta quarta-feira leilão de swap tradicional para rolagem de até 12 mil contratos com vencimento em abril e agosto de 2021.

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