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Dólar fecha no menor valor desde março de 2000

A apreensão nos mercados diminuiu e abriu espaço para que a entrada de recursos jogasse o dólar para o menor nível em mais de sete anos e meio


Reuters - A apreensão nos mercados internacionais diminuiu e abriu espaço para que a entrada de recursos jogasse o dólar para o menor nível em mais de sete anos e meio nesta terça-feira (06-11). A moeda norte-americana caiu 0,80%, para R$ 1,736. É o menor patamar de fechamento desde 31 de março de 2000. Agora, mesmo com a alta nas duas primeiras sessões do mês, o dólar registra queda de 0,12% em novembro.

"É fluxo (de entrada). A coisa é pura e simples", disse Vanderlei Arruda, gerente de câmbio da corretora Souza Barros, explicando a valorização do real. O ingresso de dólares foi engrossado pelo maior apetite por risco dos investidores estrangeiros, que tiveram um pregão mais leve após uma sucessão de notícias negativas sobre o setor financeiro nos últimos dias.

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) também refletia o momento mais calmo, e subia mais de 2% à tarde. "E todos os dados da economia local estão dando condições para que essa trajetória (de queda) se realize", acrescentou Arruda. Mas Carlos Alberto Postigo, operador de câmbio da corretora Action, viu até um exagero do mercado nesta sessão.

"A queda do dólar foi muito forte diante dos acontecimentos externos, que são de certa forma bastante significativos", disse, citando a queda dos presidentes do Citigroup e da Merrill Lynch. Arruda cita outros fatores de cautela, como os sucessivos recordes do petróleo que se aproxima dos US$ 100 por barril. Ele frisa, porém, que caso o cenário externo permita o dólar deve testar o patamar de R$ 1,70 em breve, até mesmo antes do final deste mês.

No final da sessão, o Banco Central realizou um leilão de compra de dólares e diminuiu ligeiramente a baixa da moeda. Na operação, a autoridade monetária definiu taxa de corte a R$ 1,7320 e aceitou, segundo operadores, ao menos oito propostas. As compras, que têm sido realizadas diariamente desde 8 de outubro, são as principais responsáveis pelo acúmulo recorde de reservas internacionais que já superam US$ 170 bilhões de dólares, segundo o BC.

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