O dólar oscilava entre altas e baixas contra o real nesta quinta-feira, mostrando grande volatilidade na sessão à medida que investidores pesavam dados melhores do que o esperado nos Estados Unidos contra temores de uma segunda onda de coronavírus.
Depois de um dia turbulento para ativos arriscados na sessão anterior, o sentimento de risco dos investidores amanheceu fraco nesta quinta-feira, já que uma alta nos casos de Covid-19 em várias áreas dos Estados Unidos causou temores sobre segunda onda da doença, que poderia provocar a volta de bloqueios econômicos prejudiciais à atividade.
Mas dados nos EUA acalmaram os nervos dos mercados momentaneamente, com as novas encomendas do núcleo de bens de capital se recuperando mais do que o esperado em maio e o Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre ficando em linha com as expectativas.
Luciano Rostagno, estrategista-chefe do banco Mizuho, explicou que “os dados, em certa medida, estão diminuindo as preocupações que a gente viu com o aumento de casos de coronavírus nos EUA, ajudando a reduzir temores sobre uma recuperação mais lenta”.
Ainda assim, as consequências econômicas da pandemia nos EUA persistem, impedindo recuperação definitiva no apetite por risco. A demanda fraca está forçando empregadores norte-americanos a demitir trabalhadores, mantendo o número de novos pedidos de auxílio-desemprego extraordinariamente alto mesmo com a reabertura das empresas.
Álvaro Bandeira, economista-chefe do banco digital modalmais, disse à Reuters que a volatilidade deve permanecer, destacando fortes oscilações nas bolsas de valores e nas moedas arriscadas.