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Dólar vai abaixo de R$5,10 e renova mínimas em mais de 4 meses

Às 11h42, o dólar à vista recuava 0,47%, a 5,1008 reais na venda


Foto: Pixabay

O dólar devolveu seus ganhos iniciais e passava a cair contra o real nesta segunda-feira, rompendo o suporte psicológico de 5,10 reais em nova rodada de queda da moeda no exterior, enquanto investidores analisavam decisão do STF de barrar possibilidade de reeleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Davi Alcolumbre (DEM-AP) às presidências da Câmara dos Deputados e do Senado.

Às 11h42, o dólar à vista recuava 0,47%, a 5,1008 reais na venda, depois de oscilar entre 5,1709 reais logo no começo do pregão, alta de 0,89%, e 5,088 reais, queda de 0,72%.

Na B3, o principal contrato de dólar futuro caía 1,09%, a 5,0995 reais, depois de tocar 5,0880 reais, menor patamar intradia desde 22 de julho (5,0855 reais).

Segundo Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora, “depois que o dólar rompeu a resistência muito grande de 5,30 reais (...), o mercado vai provavelmente tentar romper a marca de 5 reais, que há tempos não é ultrapassada”.

O dólar spot não fecha abaixo de 5 reais desde 10 de junho, quando encerrou a 4,9398 reais.

No plano local, a atenção dos mercados estava voltada para decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), na noite de domingo, de barrar a possibilidade de reeleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Davi Alcolumbre (DEM-AP) às presidências da Câmara dos Deputados e do Senado, depois de seis dos 11 ministros da corte confirmarem o entendimento de que a Constituição proíbe a reeleição dos chefes das casas legislativas na mesma legislatura.O time econômico da Guide Investimentos escreveu que a aproximação do fim do mandato de Maia pode favorecer o avanço da reforma tributária, uma aprovação que Maia tem demonstrado interesse em agregar ao “seu currículo de conquistas”. Por outro lado, diz a casa, “a falta de um claro favorito para se manter à frente de ambas as Casas pode mergulhar o Congresso em uma batalha interna que tende a prejudicar o avanço de pautas preteridas pelo mercado”.

Recentemente, o presidente da Câmara tem defendido avanço da agenda de reformas doméstica e cobrado maior definição para as contas públicas brasileiras, em meio a persistentes incertezas fiscais.

Ainda no radar dos operadores, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reunirá nesta semana. A expectativa é de que a autarquia deixe a taxa Selic inalterada pela terceira vez consecutiva, podendo também sinalizar o início de um ciclo de aperto a partir do segundo semestre de 2021, mostrou uma pesquisa Reuters.

Lá fora, os mercados internacionais começaram a semana com a notícia de que os EUA estão se preparando para impor sanções contra pelo menos uma dúzia de autoridades chinesas por causa do suposto papel que tiveram na desqualificação de legisladores de oposição eleitos em Hong Kong, segundo reportagem da Reuters desta segunda-feira citando fontes.

A China disse que se opõe firmemente e condena enfaticamente a interferência dos Estados Unidos em seus assuntos internos.

“Tal notícia pesou ao ponto de reverter o bom humor com resultados positivos das exportações na China”, disse em nota Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset, depois que as remessas do país aumentaram no ritmo mais forte em quase três anos em novembro, com a segunda maior economia do mundo registrando superávit comercial recorde.

Por outro lado, aliviando o sentimento, nos Estados Unidos as negociações com o objetivo de entregar um novo projeto de alívio do coronavírus ganharam impulso no Congresso na semana passada, com um grupo bipartidário de parlamentares trabalhando para dar os últimos retoques em um projeto de lei de 908 bilhões de dólares.

Diante desse cenário, o índice do dólar contra uma cesta de pares fortes tinha queda de cerca de 0,1%, enquanto alguns dos principais pares emergentes do real apresentavam perdas.

No último pregão, na sexta-feira, a divisa norte-americana spot teve queda de 0,28%, a 5,1251 reais na venda.

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