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Dólar vira e passa a subir com mercado atento a coronavírus

Às 13:15, o dólar avançava 0,34%, a 5,3703 reais na venda


Foto: Pixabay

 O dólar abandonou a queda e passou a mostrar leve alta ante o real no fim da manhã desta terça-feira, acompanhando movimento dos mercados externos e com as atenções voltadas para a saúde de integrantes da equipe econômica e de outros membros do governo após o presidente Jair Bolsonaro informar resultado positivo de teste para o novo coronavírus.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, esteve com Bolsonaro na segunda-feira.

Às 13:15, o dólar avançava 0,34%, a 5,3703 reais na venda.

A alta vinha após queda de 1,17% na mínima da sessão, atingida por volta de 11h30. Mas o dólar seguia longe da máxima do dia, alcançada logo após a abertura, quando chegou a subir 0,95%.

Na B3, o dólar futuro tinha variação positiva de 0,13%, a 5,3720 reais.

O movimento do dólar era ditado pelo exterior, onde a moeda acelerou de forma expressiva os ganhos ante outras divisas de risco. O mercado seguia receoso sobre potenciais impactos econômicos de novos bloqueios em alguns países por causa do salto de casos de Covid-19 nessas regiões.

Lucas Carvalho, analista da Toro Investimentos, disse que o dólar está sem padrão de comportamento e que a moeda vem oscilando nas últimas semanas de forma “lateralizada”. “A moeda pode continuar oscilando perto de um equilíbrio entre 5,49 reais e 5,29 reais. A tendência é não ter movimentos exclusivos”, afirmou.

O dólar tem estado “preso” entre suas médias móveis de 50 e 100 dias desde meados de junho, depois de entrar nessa faixa entre o fim de maio e os primeiros dias de junho.

Análise técnica da XP Investimentos diz que, acima de 5,388 reais, a cotação buscaria 5,513 reais ou 5,986 reais. Os suportes —patamares que o dólar encontra mais dificuldade de superar— estão em 5,133 reais e 4,821 reais.

Mais cedo, o dólar chegou a subir quase 1% na esteira de um dia mais negativo nas praças financeiras globais diante de preocupações relacionadas à Covid-19.

Na véspera, o dólar subiu a despeito do clima mais positivo nos mercados internacionais. Analistas chamaram atenção para o menor volume de negócios e para a retomada do trade “compra de bolsa/compra de dólar”, aproveitando-se do hedge mais barato na esteira da Selic nas mínimas históricas.

O giro no mercado de dólar futuro da B3 ficou na segunda-feira 35% abaixo da média diária das 30 sessões anteriores.

Ainda na segunda, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que a expectativa da autoridade monetária é que o que chamou de novo equilíbrio entre juro mais baixo e taxa de câmbio mais desvalorizada tende a persistir no país “durante um tempo”.

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