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Educadora da APAE destaca benefícios cognitivos em curso de horta realizado em Ivinhema

Grupo de estudantes teve oportunidade de participar do curso de capacitação ‘Implantação e Manejo Básico de Horta’


Um grupo de estudantes matriculados na escola ‘Centro de Educação Especial Cantinho Feliz’, da APAE – Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais, em Ivinhema, teve oportunidade de participar de uma atividade diferente: a capacitação ‘Implantação e Manejo Básico de Horta’, do Senar/MS – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. Com apoio do Sindicato Rural de Ivinhema e Novo Horizonte do Sul, a diretoria da instituição educacional, que atende 120 alunos com deficiência intelectual, considerou importante a iniciativa de oferecer um treinamento que estimula concentração, organização e conhecimentos.

A diretora da instituição, Neuza Nakamura, destacou ainda, que os alunos demonstraram satisfação e relembram, constantemente, as orientações feitas pelo instrutor, Lucas Teixeira. “Ficamos satisfeitos com o resultado, visto que foi a primeira vez que solicitamos um treinamento que exige mais atenção e habilidades de nossos alunos. Agora estamos planejando implantar uma horta nas dependências da escola e recebemos oferecimento de ajuda de vários cidadãos”, explica.

O curso faz parte da linha de atuação em FPR – Formação Profissional Rural e registra 24 horas de carga horária, com encontros teóricos e práticos, nos quais os participantes recebem informações sobre plantio, manejo e tratos culturais das hortaliças, além de armazenamento e aproveitamento das culturas.

Unindo gerações – Gerson Alves da Silva, 34 anos, estuda na APAE de Ivinhema e ficou animado com o primeiro curso concluído pelo Senar/MS. Ele destaca qual assunto achou mais interessante: “Aprendi que é bom colocar capim seco no canteiro, para que a terra fique úmida e a planta não morra. O professor mostrou que precisa carpir o terreno, limpar tudo e colocar adubo”, relembra o jovem que é portador de deficiência intelectual.

Outro aluno aplicado foi o funcionário do Asilo São Francisco de Assis, Daélio Cândido Costa, de 79 anos, que gostou dos conhecimentos apresentados para desenvolvimento de hortas orgânicas. “O instrutor foi muito atencioso e paciente com todos. Além disso, nos mostrou técnicas de plantio que utilizam adubos naturais, compostagem e remédios caseiros para combater as pragas que geralmente surgem nas hortas”, detalha

A coordenadora educacional do Senar/MS, Terezinha Cândido de Souza, destaca a atenção da administração nacional com o público, tanto que existe um programa que prepara mobilizadores e instrutores, chamado APOENA. “Nossos educadores e parceiros recebem treinamento específico para lidar com diferentes públicos e este programa em especial ressalta a atenção e cuidados que devem ser observados desde os locais aonde são realizados os cursos, até a acessibilidade. O nome do programa resume tudo, pois, APOENA é uma palavra indígena que significa ‘Aquele que enxerga longe’”.

Para o instrutor, Lucas Teixeira, o sentimento foi de gratificação em atender o grupo, tanto pelo resultado da horta quanto pelo retorno dos participantes. “Os alunos demonstraram muito interesse e curiosidade de aprender, o que motiva qualquer educador. Além disso, a área ficou com excelente acabamento, mesmo sendo um espaço grande, com 300 metros”, revela. Questionado sobre os ganhos terapêuticos dos participantes, o técnico agrícola reforça: “Participei do treinamento APOENA e considero importante que os participantes tenham oportunidades como esta de sair da rotina, conversarem e aprenderem novas informações. O sentimento que me passaram foi de segurança, pois, demonstraram animação em reproduzir os conhecimentos em no espaço da APAE”, conclui.
 

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