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Efeito do El Niño deve permanecer até maio

O fenômeno vai atingir seu ápice no verão e começará a perder força na primavera


O fenômeno El Niño, que normalmente provoca transtornos no clima, vai atingir sua intensidade máxima durante o verão e começará a perder força na primavera, segundo estimativa do Centro de Previsão Climática dos Estados Unidos.

No Brasil, os efeitos normalmente são chuvas acima do normal nas regiões ao sul do país durante o verão e condições climáticas mais secas no Norte e Nordeste.

O Centro, que faz parte da Administração Atmosférica e Oceânica Nacional dos EUA (NOAA), informou nessa quinta-feira (07-12) que o fenômeno "vai chegar ao ápice durante o inverno do hemisfério norte, seguido por enfraquecimento de março a maio de 2007", diz.

O El Niño é o aquecimento anormal das águas do Pacífico equatorial, que modifica o clima até na África. Quando acontece, costuma causar seca em países como Austrália, Indonésia e Filipinas, e inundações na América Latina.

O El Niño deste ano foi considerado o grande responsável pela não-formação de grandes furacões no oceano Atlântico, depois da temporada recorde de 2005, que incluiu os furacões Katrina e Rita. Este ano, houve apenas nove tempestades tropicais e furacões, enquanto no ano passado o número chegou a 28.

O fenômeno ganhou esse nome porque foi observado por pescadores de anchovas latino-americanos, no século XIX, sempre perto do Natal. De acordo com o centro, entre janeiro e março de 2007 vai fazer mais calor que a média no oeste e no centro do Canadá, e no noroeste e no norte dos EUA.

Os especialistas previram "condições mais úmidas que a média sobre áreas da costa do Golfo e da Flórida, e condições mais secas que a média no vale de Ohio e em regiões do noroeste", segundo nota.

Entre dezembro e março, o clima vai ser mais seco que o normal "na maior parte da Malásia, na Indonésia, no norte e no leste da Austrália, no norte da América do Sul e no sudeste da África", previu o centro. Haverá mais chuva que o normal no Uruguai, no nordeste da Argentina, no sudeste do Paraguai, nas costas do Equador e do norte do Peru, segundo a previsão.

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