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Egípcios definem compras de gado do RS

O negócio, porém, corre o risco de ser inviabilizado pela questão cambial


A missão egípcia que nesta semana desembarcou no Rio Grande do Sul para verificar as condições sanitárias dos frigoríficos gaúchos formalizou proposta para compra de 2 mil toneladas de carne bovina dos três maiores frigoríficos do sul do RS (Extremo Sul, Mercosul e Rio-Pel). O negócio, porém, corre o risco de ser inviabilizado pela questão cambial. "O dólar em baixa poderá frear as exportações", cogita o diretor do Extremo Sul, João Alfredo Knorr.

Um relatório da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira indica que as vendas externas do agronegócio nacional para os países árabes cresceram 12% nos três primeiros meses de 2005, em comparação ao mesmo período do ano passado. De janeiro a abril, o país embarcou o equivalente a 8,7 bilhões de dólares em produtos agropecuários, com destaque para as carnes bovina, de aves e suína. Países como Egito, Argélia e Arábia Saudita estão entre os maiores compradores. Os dados também indicam uma balança comercial favorável ao Brasil no período, com importações de 1,2 bilhão de dólares junto às nações árabes.

O supervisor da Federação Muçulmana do Brasil (Cibal), Omar Hussein Hamze, explica que os muçulmanos não consomem carne com sangue. A restrição, motivada por questões sanitárias e religiosas, torna necessária a degola e sangria dos animais antes que o produto seja preprarado para a exportação.

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