Assim como no Brasil, a presença do fenômeno climático El Niño também não terá grande impacto para a agricultura na Austrália. O país é grande fornecedor mundial de alguns grãos, em especial trigo, cevada e canola, além de carne bovina e ovina.
De acordo com meteorologistas, as chuvas de janeiro a março devem estar dentro das médias históricas. E o clima será sem "oscilações fortes: nem muito seco, nem muito úmido", informa a agência de meteorologia do governo.
"Essa previsão neutra deve-se ao efeito combinado de temperaturas acima da média no Oceano Pacífico e temperaturas quase médias no Oceano Índico", disse a agência, que fez a previsão para os próximos três meses.
O prognóstico sugere que o clima será benéfico para as pastagens do nordeste do país. Com isso, a criação de gado bovino e ovino não sofrerá com a falta de umidade, a exemplo de anos anteriores.
Apesar da regularização das chuvas, as temperaturas devem subir. Estima-se que elas estejam acima das médias históricas nos próximos meses, sobretudo no nordeste.
No sudeste da Austrália, o calor será menos intenso, com temperaturas próximas às médias historicamente registradas para a região.
No lado agrícola, as mudanças climáticas terão ainda menos impacto. Isso porque a colheita de inverno está praticamente concluída. Um novo plantio será feito a partir de abril. Até lá, a agência de meteorologia deve emitir um novo boletim com projeções climáticas.
Para o norte do país, a meteorologia prevê que não só as temperaturas máximas, mas também as mínimas, estarão acima da média. Nas demais regiões, as temperaturas devem ficar dentro das médias históricas, informa a agência.