CI

Em 20 anos Sudoeste do Paraná perdeu 95% da área de plantio de feijão

Técnico do Deral aponta o clima, entre outros fatores, como responsável pela redução do cultivo


Mês que vem começa a época de plantio de feijão das águas (período compreendido entre agosto e setembro) e o Departamento de Economia Rural da Seab (Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento) prevê que cinco mil hectares da semente desta época sejam plantados. A quantia é insignificante quando se volta vinte anos no tempo, pois naquele período os produtores da microrregião de Francisco Beltrão chegavam a plantar 100 mil hectares. “Nos anos 80 o Sudoeste era uma das principais regiões produtoras de feijão no Estado”, disse o técnico do Deral, Antoninho Fontanella, que emendou. “Hoje a cultura está sendo extinta comercialmente. As lavouras plantadas são basicamente voltadas para a agricultura de subsistência”.

Fontanella apontou vários fatores para que o cultivo de feijão tenha diminuído com o tempo. “O principal deles talvez seja o clima, embora pragas e alto custo da produção também sejam causadoras da migração dos produtores. Ainda temos observado que o cultivo de feijão tem migrado da cultura das águas para a safrinha plantada em janeiro e fevereiro, que é a cultura da seca. Na última safra temos 22 hectares plantados. Isso aconteceu por que este período é mais propício para o seu cultivo”, informou o técnico.

Safra passada teve 50% de perda

Na safra de 2008/09 os 27 municípios jurisdicionados pela Seab de Beltrão plantaram 6.300 hectares e a produção prevista de 12.000 toneladas não foi realizada. “Foram colhidas apenas seis mil toneladas”, informou.

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.