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Em Brasília, óleo de fritura vira biodiesel

Com tecnologia voltada à produção de biodiesel será reaproveitado o óleo de fritura usado em bares e restaurantes de Brasília pra abastecer parte da frota local.


O projeto “Sistema produtivo de biodiesel a partir de misturas de óleos vegetais virgens e usados”, proposto pela Embrapa Agroenergia, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento foi aprovado pela Financiadora de Estudos e Projetos, FINEP, no início do mês de junho, com valor de 2,5 milhões de reais.

Com tecnologia voltada à produção de biodiesel será reaproveitado o óleo de fritura usado em bares e restaurantes de Brasília pra abastecer parte da frota local. Esta é a proposta a ser executada durante os três anos do projeto, de acordo com o líder do projeto e pesquisador da Embrapa Agroenergia, José Dilcio Rocha.

Para isso, a Embrapa e a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) irão desenvolver o projeto, em parceira com a Emater/DF, Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília e a Centro Federal de Educação Tecnológica de Brasília (CEFET/DF). A preocupação maior da Embrapa e dos parceiros é evitar a contaminação das estações de tratamento de água, visto que, grandes volumes de recursos são gastos com produtos químicos para neutralização dos óleos residuais provenientes de frituras que chegam aos esgotos. A eliminação destes resíduos proporcionará redução de custos com o tratamento de água, além de significativo ganho para a sociedade visto que elimina-se um passivo ambiental resultante da emissão de produtos químicos ao meio ambiente. “A idéia da reciclagem é tirar o produto do esgoto”, afirma o pesquisador.

O aproveitamento do óleo residual de fritura será transformado em combustível, misturado a óleos provenientes da agricultura familiar do entorno do Distrito Federal, a partir de oleaginosas como girassol, soja e mamona, formando o biodiesel. Nesta proposta, também está incluída a construção de uma fábrica escola, no Instituto Federal de Educação, financiada pela Finep, com capacidade de processamento de até 5 mil litros/dia. A proposta também tem como desafio desenvolver uma logística viável de coleta do óleo usado.

Hoje no DF

De acordo com Dilcio, O descarte de óleos de frituras do saturados na rede de esgotos do Distrito Federal é grande, o que ocasiona constantes entupimentos na rede, bem como o aumento da poluição de cursos d’agua e aumento no custo final no tratamento dos efluentes. A estimativa é que atualmente quatro milhões de litros de óleo sejam consumidos por ano e despejados na rede de esgotos do DF.

A implementação desse projeto, salienta o pesquisador, dará uso ao óleo residual como biodiesel e a substituição parcial do diesel em frotas que circulam nas ruas do DF. Além disso, proporciona oportunidades para agricultura familiar na produção de óleos vegetais como matéria-prima para o biodiesel.

As informações são da assessoria de imprensa da Embrapa Agroenergia.

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