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Em busca da renovação dos cafezais paranaenses

Situação do café está precária


Em 10 anos, o produtor João Paulo Waciki, de Cambé, reduziu pela metade a área cultivada com café, que passou a ser cultivada com soja e milho. O cafezal que já ocupou oito hectares da propriedade, hoje está em apenas quatro deles. ''A defasagem nos preços do café e a falta de mão de obra qualificada fizeram com que eu optasse por outros grãos'', justifica. Segundo ele, a opção de mecanizar a colheita ainda não é viável devido ao alto investimento para aquisição de maquinário e adequação da lavoura. ''A situação do café está precária. Se continuar assim, em dez anos será exótico quem cultivar café'', analisa.


A condição de Waciki representa o quadro de grande parte da cafeicultura paranaense. A escassez de mão de obra, o baixo nível de organização dos produtores e pequena escala de produção resultaram na redução drástica do cultivo na última década. Dados do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab) apontam que a área cultivada que era de 163,9 mil hectares em 2000, caiu para apenas 87,09 mil hectares em 2012, redução de 46,8%. O volume de produção no mesmo período passou de 2,2 milhões de sacas em 2000 para 1,7 milhão de sacas atuais, o que representa uma queda de 22,73%.

Diante desse quadro, entidades representantes da cadeia produtiva se uniram para criar o Plano de Reestruturação da Cafeicultura Paranaense, com o objetivo principal de proporcionar sustentabilidade econômica, social e ambiental das pequenas e médias propriedades cafeeiras do Estado, por meio da readequação das lavouras e da substituição gradativa da mão de obra pela mecanização.
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