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Em busca de novas práticas culturais, a soja é futuro

Workshop indicou tratamentos para doenças e pragas e apontou cenários para cultura


Workshop indicou tratamentos para doenças e pragas e apontou cenários para cultura
Este ano a temática foi a soja. No ano passado, um Workshop semelhante foi realizado voltado à cultura da batata. Mas, o esforço da parceria entre os especialistas da Embrapa Clima Temperado e da UFPel na realização do II Workshop Fitossanitário da Cultura da Soja esteve, durante três dias, no auditório da Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel (Faem), em Pelotas(RS), em mostrar a importância da cultura para o mercado agropecuário em expansão e como adaptar as condições de manejo da soja às situações ambientais das diferentes regiões produtoras brasileiras. Associado a isto, uma plateia de 260 pessoas, discutiram, em especial, as doenças e pragas que acometem a cadeia produtiva.
A pesquisadora da Embrapa Clima Temperado (Pelotas/RS) Ana Claudia Barneche de Oliveira iniciou o evento mostrando as tendências atuais da cultura e cenários futuros para produção no Brasil e mundialmente. “Devido a expansão da cultura, os agricultores e técnicos estão conhecendo uma novo jeito de cultivar o grão. É preciso cada vez mais orientação”, falou.

Segundo dados do IBGE, a cultura é a que mais sofrerá os impactos do aquecimento global se não houver nenhuma modificação genética. Em termos de Brasil, a região Sul e o Cerrado Nordestino são os que sofrerão com essas mudanças climáticas. “Hoje, um dos principais problemas do Estado é a seca. Já a Metade Sul, tem como possibilidade investir na rotação de culturas, ou seja, plantar em áreas de arroz irrigado e também aperfeiçoar tecnologias de produção”, indicou.

A professora da UFPel Danielle Barros, do departamento de Fitossanidade da FAEM, falou do desafio do evento em levar ao produtor informações sobre como manejar a soja em uma região com variáveis tão diversificadas. “Não adianta pensar o manejo de uma doença aqui da mesma forma recomendada para o Centro-Oeste”, exemplificou.

O evento contemplou igualmente o manejo das principais doenças, insetos praga e plantas invasoras na cultura. Foram destacadas a situação da ferrugem asiática, dos nematóides, dos ácaros e dos percevejos e largatas. O palestrante Waldir Pereira Dias, pesquisador da Embrapa Soja (Londrina/PR), que falou sobre Nematóides em soja: identificação e manejo, insistiu na importância do agricultor em buscar orientação técnica para as práticas de manejo na lavoura e identificar a presença ou não de nematóides, assim como, da necessidade de usar uma boa semente na época do plantio.

Preocupada com a presença da lagarta da soja, a pesquisadora da Embrapa Clima Temperado Ana Paula Afonso em sua palestra sobre Manejo de percevejos e lagartas em soja na Metade Sul do Rio Grande do Sul, observou a necessidade de adotar o monitoramento na lavoura. “Somente através do monitoramento é que iremos ter o controle desta praga, indicando a necessidade de aplicar algum produto ou qual a estratégia a ser utilizada, se através de controle químico ou biológico e de práticas culturais”, comentou.

Participaram do Workshop também especialistas da UFRGS, Unicruz, UFSM, Irga ESALQ e das unidades de pesquisa da Embrapa Soja e Trigo(Passo Fundo/RS).

Cenários e Tendências da cultura

- O Brasil está na segunda colocação como produtor mundial (2010/11);
- O Estado do Mato Grosso do Sul possui maior produção e dedicação à cultura;
- A partir de 2010, um agricultor é capaz de alimentar 155 pessoas, em contrapartida, em 1940, um agricultor alimentava 19 pessoas;
- Em 2012, foram contabilizados 25 milhões hectares de soja numa projeção de 66,37 milhões de toneladas, sendo 22 bilhões toneladas exportadas e 100 bilhões de toneladas em beneficiamento indireto;
- Em 2020, a projeção é que o Brasil produza 105 milhões toneladas, dos 307 milhões de toneladas previstos para produção mundial.

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